BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve lançar, nos próximos dias, um programa de isenção do botijão de GLP, o gás de cozinha. A iniciativa vai substituir o atual Auxílio-Gás e deve ser enviada ao Congresso Nacional via Medida Provisória (MP).

Ainda não há data definida para a da MP, mas a expectativa é que isso aconteça após a viagem de Lula à França, entre os dias 4 e 9 de junho.

Ainda sem nome definido, o programa vai prever a gratuidade do botijão de gás para 22 milhões de pessoas de baixa renda, segundo apurou a reportagem de O TEMPO em Brasília. Hoje, o Auxílio-Gás contempla pouco mais de 5 milhões de famílias, segundo dados do governo federal, e paga R$ 106 bimestrais por domicílio.

A previsão é que o novo programa comece a ser implementado em setembro deste ano, de forma escalonada, tendo sua total implementação até dezembro de 2026.

Segundo fontes do Ministério de Minas e Energia, o programa vinha sendo desenvolvido desde os primeiros meses do atual governo, mas faltava, sobretudo, encontrar espaço orçamentário junto ao Ministério da Fazenda.

Na última quarta-feira (28), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou o preço do botijão de gás. "Está errado pagar R$ 140 no gás de cozinha que custa R$ 37 na Petrobras. Estamos pensando em fazer que o gás de cozinha chegue na mão dos pobres mais barato", disse.

A iniciativa faz parte de um pacote de medidas do governo para alavancar a popularidade do presidente, em queda nos últimos meses, e se junta à ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda, à reforma do setor elétrico e ao novo modelo de crédito consignado, entre outras iniciativas.