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Servidores acompanham audiência pública da Funed do lado de fora de plenário
Trabalhadores dizem que governo está abandonando a instituição para depois vender. Gestão Zema diz que parcerias são alternativa para investimento

Os servidores e manifestantes que protestam contra a atual gestão da Fundação Ezequiel Dias (Funed) têm que ficar no corredor para acompanhar a Audiência Pública realizada na Assembleia Legislativa realizada para debater a situação da instituição.
O deputado Lucas Lasmar (Rede), autor do pedido de audiência, chegou a solicitar ao presidente da Comissão de Saúde, Arlen Santiago (Avante), que conduz a reunião, para que alterasse o local da reunião, possibilitando a participação dos trabalhadores. Porém, o pedido foi rejeitado.
O deputado Jean Freire (PT) sugeriu que a Audiência fosse alterada de local ou cancelada; caso contrário, ele sugeriu que os parlamentares que apoiam os trabalhadores deixem o local. "Os trabalhadores e trabalhadoras estão sendo impedidos de participar desta audiência. Eu proponho que os deputados que estão do lado do trabalhador deixem essa audiência. O maior auditório desta casa está vazio", afirmou.
Parlamentares de outras Comissões informaram que outras Comissões já têm audiências sobre o tema agendado e esperam fazer o debate da forma adequada em outras comissões.
Vídeos e imagens feitas pelos manifestantes mostram o clima tenso na porta do Plenarinho I, na ALMG, onde a Audiência está sendo realizada.
Entre os convidados presentes na Audiência está o atual presidente da Funed, o ex-deputado Felipe Attiê. Apesar dos protestos dos parlamentares, o presidente da Comissão optou por dar prosseguimento à apresentação do gestor.
Ele argumenta que é necessário investimentos muito altos para que a Funed alcance seus objetivos e que as regras do serviço público, para aquisição de insumos e contratação de servidores, dificulta que a instituição atinja o mesmo patamar desejado. Mas disse que Funed não sera privatizada.
Em comparação com outros laboratório públicos, como o Butantan e a Fiocruz, Attiê afirma que a estrutura e os investimentos recebidos por estas instituições não podem ser comparados com o que tem sido investido na Funed. "Eu preciso da ajuda dos senhores para recuperar a Funed", afirmou.
Uma das críticas feitas pelos servidores afirmam que o presidente da Funed sequer teve interesse em receber um prêmio de reconhecimento de mérito científico oferecido pelo governo federal. Em conversa com O TEMPO, Attiê argumentou que não pode receber o prêmio por causa de outras agendas.
O primeiro a falar foi o deputado Lucas Lasmar que apresentou um levantamento indicando que, desde 2020, a Funed faturou R$ 4,7 bilhões e que não se justifica trabalhar pela privatização, mas sim investir para ampliar os ganhos ao Estado.