-
Dino ironiza possível sanção dos EUA a Moraes e diz que ministro pode visitar “Nova Iorque do MA”
-
Após ter pai processado no seu lugar, Pedro Rousseff diz que Marçal quer coagir a sua família
-
Moraes ironiza testemunha de Torres e questiona se chefe da SSP 'é uma rainha da Inglaterra' no DF
-
Testemunha de Torres diz que live de Bolsonaro ‘assustou’ e que MJ não tinha prova de fraude nas urnas
-
Anderson Torres foi convocado por Bolsonaro para live contra urnas eletrônicas, diz testemunha
Câmara marca eleição de novo presidente para 1º de fevereiro, e Motta é favorito para lugar de Lira
Presidente do Senado também será eleito no sábado (1º), e Rodrigo Pacheco deve ser substituído por Davi Alcolumbre
BRASÍLIA — A Câmara dos Deputados marcou para o primeiro dia de fevereiro a votação para eleger seu próximo presidente, e o nome do líder do Republicanos, Hugo Motta (PB), é favoritíssimo para substituir Arthur Lira (PP-AL) na liderança do plenário. A sessão marcada nesta sexta-feira (10) acontecerá no dia 1º às 16h. Antes, às 10h, o Senado Federal elegerá seu presidente, e os bastidores apontam para uma candidatura fortalecida de Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) como sucessor de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) — na presidência do próprio Senado e também do Congresso Nacional.
A era Arthur Lira na Câmara está prestes a acabar, e o plenário se debruçará sobre os três candidatos que concorrem ao cargo para decidir o futuro e as novas direções da Casa Legislativa pelo próximo biênio. Eleito para dois mandatos consecutivos, Lira não pôde concorrer à reeleição e seu indicado é Hugo Motta, que reúne em torno de si os apoios de 12 bancadas partidária. Os deputados devem elegê-lo com uma margem folgada de votos. Contra ele devem concorrer Marcel Van Hattem (Novo-RS) e Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ).
A eleição também decidirá quem serão os ocupantes de outros 10 cargos. Estarão em xeque 1ª vice-presidência, 2ª vice-presidência, 1ª secretaria, 2ª secretaria, 3ª secretaria e 4ª secretaria. Deputados também elegerão quatro suplentes, que substituirão os secretários quando necessário.
Oito bancadas apoiam Davi Alcolumbre, que deverá ser eleito sem sobressaltos
Há seis anos, Davi Alcolumbre era eleito presidente do Senado Federal. À época ele colecionou 42 votos, suficientes para derrotar Esperidião Amin (PP-SC), Angelo Coronel (PSD-BA), Reguffe (Sem partido-DF) e Fernando Collor (PROS-AL) — em uma primeira votação que acabou anulada, ele também derrotou Renan Calheiros (MDB-AL). Os três parlamentares que permanecem com mandato — Amin, Coronel e Calheiros — vão apoiá-lo nesta eleição.
A três meses da votação, Alcolumbre já reunia manifestações públicas de apoio de oito dos 12 partidos que compõem o Senado. O PSD, detentor da maior bancada com 15 senadores eleitos, retirou a candidatura própria em prol de Alcolumbre. Também estarão com ele na votação:
- PL: 14 senadores
- MDB: 11 senadores
- PT: 9 senadores
- União Brasil: 7 senadores
- PP: 6 senadores
- PSB: 4 senadores
- PDT: 3 senadores
O cenário indica que Alcolumbre pode entrar no rol dos presidentes do Senado Federal que obtiveram votações mais expressivas, colocando-o ao lado de nomes como Mauro Benevides (PMDB-CE), que recebeu 76 dos 81 votos em 1991, José Sarney (PMDB-AP), eleito quatro vezes para o cargo, e em uma delas também com 76 votos, e Renan Calheiros (PMDB), que recebeu 72 votos em 2005.