CRÍTICA

Caiado reclama de PEC da Segurança e pede à Câmara para rejeitar proposta de Lula

Governador de Goiás é o principal crítico da proposta do Ministério da Justiça; ele argumenta que a PEC retira a autonomia dos Estados sobre a segurança pública

Por Lara Alves
Atualizado em 28 de maio de 2025 | 18:47

BRASÍLIA - Principal crítico da PEC da Segurança Pública, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), pediu que a Câmara dos Deputados rejeite o projeto elaborado pelo governo Lula (PT) e interrompa a tramitação dele no Congresso Nacional.

Pré-candidato à Presidência da República, ele participou de uma audiência pública sobre a PEC na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) nesta quarta-feira (28). Caiado afirmou que a PEC é "música para o ouvido das facções".

"A PEC tira o poder dos Estados, intervém diretamente nos nossos Estados. O cidadão em Brasília vai dizer o que tenho que fazer em Goiás? Como esse iluminado que está aqui sabe qual é o tipo de crime praticado no meu Estado? É um desrespeito!", criticou. "Essa PEC é o maior presente que se pode dar às facções no Brasil", completou. Caiado também repetiu outras críticas que têm feito à proposta; disse, por exemplo, que ela faria com que o Brasil se "transformasse na Venezuela".

A audiência também trouxe à Câmara o governador do Pará, Hélder Barbalho (MDB), que é menos crítico à proposta, mas indicou a necessidade de adaptá-la à realidade dos Estados. "Tem pontos positivos, mas está longe de resolver o problema como um todo", analisou.

A proposta elaborada pelo governo Lula é relatada pelo deputado Mendonça Filho (União Brasil-PE) e aguarda que a Comissão de Constituição e Justiça decida se ela é ou não constitucional. O colegiado tem o poder de frear a tramitação da PEC.