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Bolsonaro sobre armas de fogo: 'Quem não quiser, não precisa comprar'
Durante transmissão semanal, presidente voltou a associar a diminuição de mortes violentas à flexibilização do porte de armas e acenou para eleitorado feminino

O presidente Jair Bolsonaro (PL) dedicou o início de sua transmissão semanal, realizada nesta quinta-feira (28), para associar novamente a diminuição de mortes violentas à flexibilização do porte de armas de fogo.
“Só em 2016, [foram] 61 mil mortes violentas. Ano ado caiu para 41 mil, menos 20 mil mortes violentas. Se tivesse aumentado [o número de mortes], a culpa seria minha, pela flexibilização do número de CACs”, afirmou o presidente, em referência aos colecionadores de armas, atiradores e caçadores.
Para Bolsonaro, como o número de mortes não aumentou, há apenas críticas “sem dizer que a consequência direta disso é a colaboração na diminuição de mortes violentas no Brasil”.
O país registrou 22 mortes violentas intencionais para cada 100 mil habitantes em 2021, uma redução de 6,5% em relação a 2020. Os dados são do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado em junho.
Já os registros de CACs dispararam durante o governo Bolsonaro, conforme reportagem do Correio Braziliense. O número saltou de cerca de 117 mil, em 2018, para mais de 670 mil neste ano, representando aumento de 82,5% em menos de quatro anos.
Sem citar nominalmente o ex-presidente Lula (PT), concorrente na disputa eleitoral à Presidência, Bolsonaro disse que o petista quer acabar com os CACs.
Aceno para mulheres
Arma de fogo, de acordo com o presidente, serve para a defesa dos cidadãos. “Quem não quiser arma de fogo não precisa comprar", afirmou durante a live.
Em outro momento, o presidente sinalizou ao eleitorado feminino. Disse ter “procurado se inteirar” e afirmou que vem percebendo percentual maior de mulheres motociclistas e interessadas em “entrar no clube” das armas.
A declaração pode ser entendida como um mea culpa. No início do mês, Bolsonaro disse a apoiadoras no “cercadinho” da Alvorada que homens gostam mais de motociata. As mulheres insistiram que gostam tanto das motociatas quanto de armas, mas o presidente não itiu essa possibilidade.
Durante a transmissão desta quinta, ele disse que esse "é um direito delas". "Quem não quiser, não tem problema nenhum. O que não pode é ter briga em casa, porque tem lugar que a mulher é motociclista e o marido não é. E tem lugar que o marido quer arma e a mulher não quer. Não pode ter briga no tocante a isso”, declarou.
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