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Após prometer aproximação, Lula se reúne com Alcolumbre e líderes da base
Presidente busca retomar protagonismo que teve em governos anteriores na articulação política
BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fará uma visita, no fim da tarde desta quarta-feira (2), ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), em encontro que também deverá reunir líderes da base aliada na Casa. Este será o primeiro compromisso do petista destinado à articulação política após seu retorno ao Brasil.
A reunião ainda não consta na agenda do presidente. O último compromisso oficial desta quarta-feira é uma reunião com a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, às 16h. A expectativa é que de lá, ambos sigam para a Residência Oficial do Senado.
Na viagem que fez na semana ada à Ásia, uma das sinalizações dada por Lula aos parlamentares é que iria estreitar relações e se envolver mais diretamente na articulação de projetos prioritários no Congresso e na distribuição de cargos no governo. Em um momento de alta desaprovação do governo, aprovar projetos como o que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda é considerado indispensável.
Há meses os partidos da base, tanto à esquerda como ao centro esperam por uma reforma ministerial, antes prometida para depois da posse dos novos presidentes do Senado e da Câmara. Contudo, a longa duração do processo vem gerando apreensão dentro e fora do governo. Um dos objetivos de Lula também é colocar um fim ao ime.
Porém, ele corre contra o tempo: daqui a um ano, em abril de 2026, ministros de Estado que queiram concorrer a cargos nas eleições terão que deixar o governo. Por isso, políticos já avaliam o quanto ainda é vantajoso ingressar no governo tendo um tempo menor para apresentar entregas à população.
Apesar das insatisfações, o fato de Lula se dispor a ir à Residência Oficial do Senado é visto pelos parlamentares como um gesto de boa vontade, já que a praxe é que o presidente da República faça esse tipo de reunião no Palácio do Planalto ou no Alvorada. A dúvida é se um Lula mais dedicado ao “corpo a corpo” vai ser algo pontual ou se ele irá, de fato, inaugurar uma nova fase no atual mandato.