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Lula deve visitar assentamento do MST em Minas na próxima sexta-feira (7)
Presidente tenta se reaproximar dos movimentos sociais; essa será a primeira vez que o petista visitará um assentamento neste terceiro mandato

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve visitar, na próxima sexta-feira (7), o assentamento Quilombo Campo Grande, em Campo do Meio, no Sul de Minas Gerais, como parte de uma estratégia de reaproximação com movimentos sociais. O principal deles é o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que tem se queixado do distanciamento do governo.
A expectativa é de que no evento o presidente anuncie a desapropriação da Fazenda Ariadnópolis para reforma agrária e o assentamento de 12 mil famílias. Além disso, Lula deve lançar uma linha de crédito de R$ 1,5 bilhão para as famílias assentadas e o lançamento Desenrola Rural, programa de negociação de dívidas de produtores rurais.
“Foi nessa fazenda (Ariadnópolis), em virtude do risco de seu despejo, que surgiu aquela ADPF (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental) que suspendeu todos os despejos na pandemia. Então, essa fazenda é muito simbólica, não apenas para Minas Gerais, mas para todo o Brasil”, justificou sobre a escolha o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, em janeiro deste ano.
Críticas do MST
No final de janeiro, o MST se reuniu com o presidente Lula e o ministro do Desenvolvimento Agrário no Palácio do Planalto. Após o encontro, em entrevista à imprensa, os dirigentes criticaram a atual política de reforma agrária do governo.
João Paulo Rodrigues classificou como "ridículo" o número de famílias assentadas anualmente, estimado em 1.500. Por outro lado, Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário, afirmou que o governo Lula assentou 71,4 mil famílias ao longo de 2024.
Antes do encontro, o MST havia divulgado uma carta para pressionar o governo a assentar 100 mil famílias. No texto, a organização também criticou a atuação do Congresso Nacional “em defesa do agronegócio” e alegou uma "paralisação da reforma agrária" por parte do governo federal.
Aproximação de Lula
Para tentar reverter essas críticas, o presidente Lula não apenas confirmou sua primeira visita ao assentamento durante este mandato, mas também convidou João Paulo Rodrigues a integrar a delegação brasileira que participou da posse de Yamandú Orsi como presidente do Uruguai, neste sábado (1º).
De olho em 2026, o presidente Lula tem buscado a reaproximação com movimentos sociais e com os "petistas raiz", que formam a base para uma possível reeleição. Outro gesto interpretado como um aceno ao "chão de fábrica" do PT foi a escolha da deputada federal Gleisi Hoffmann (PR) como ministra da Secretaria de Relações Institucionais do governo.