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Alckmin sobre Gleisi: 'Se dólar subiu por causa dela, certeza que vai cair; ela será uma boa surpresa'

O vice-presidente elogiou Lula por nomear Gleisi como ministra da Secretaria de Relações Institucionais; a posse está marcada para o dia 10 de março

Por O TEMPO Brasília
Publicado em 01 de março de 2025 | 16:25

BRASÍLIA - O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), elogiou a escolha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de nomear Gleisi Hoffmann como ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI). A posse da deputada federal e presidente nacional do PT está marcada para 10 de março.

"Gleisi é uma companheira da melhor qualidade. Mulher aberta ao diálogo e de compromisso com o Brasil. Decisão acertada do presidente Lula”, escreveu em seu perfil no X. A escolha de Lula  foi recebida com surpresa por governistas e parlamentares do Centrão e da oposição. A petista vai ocupar o lugar de Alexandre Padilha, que agora vai chefiar o Ministério da Saúde. 

Mais tarde, em coletiva de imprensa, Alckmin minimizou as críticas de que, por ter uma postura radical, a relação do governo com o Congresso Nacional pode piorar com a chegada da deputada federal. “Eu acredito que sim (vai melhorar), porque ela tem larga experiência, foi ministra de Estado, senadora da República e é deputada federal".

Ele ainda comentou sobre a especulação de que a nomeação teria causado a alta do dólar - a moeda comercial fechou em alta de 1,5%, sendo vendida a R$ 5,9165, o maior valor desde 24 de janeiro. "Se o dólar subiu por causa da Gleisi, pode ter certeza que vai cair. Acredito que ela vai ser uma boa surpresa (na SRI)", disse o vice-presidente. 

A avaliação do mercado é de que essa elevação foi influenciada por fatores internos e externos. No cenário doméstico, a nomeação de Gleisi Hoffmann para a pasta responsável por cuidar da relação do governo federal com o Congresso Nacional gerou apreensão no mercado devido às suas posições críticas em relação ao Banco Central e aos cortes no Orçamento. 

Já externamente, o encontro entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, aumentou a aversão ao risco nos mercados globais e repercutiu negativamente em todo o mundo. A reunião tinha o objetivo de encontrar soluções para o conflito entre Rússia e Ucrânia, mas transformou-se em um debate entre os dois líderes.