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De volta ao gabinete no Planalto, Lula ainda não pode fazer viagens longas de avião
A proibição foi assinada pelos médicos do presidente em dezembro, depois de cirurgia de emergência; não há data prevista para liberação de viagens
BRASÍLIA - Apesar de voltar a despachar de seu gabinete no Palácio do Planalto a partir desta segunda-feira (6), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda tem algumas restrições médicas. Ele ainda não foi liberado para fazer viagens longas de avião, por exemplo.
A proibição médica foi imposta quando Lula deixou o hospital depois de ar por uma cirurgia neurológica de emergência, em dezembro. O presidente foi submetido a uma drenagem intracraniana para remover um hematoma no cérebro causado por uma queda.
Desde então, ele só viajou de avião uma vez, em 19 de dezembro, para retornar de São Paulo, onde estava internado no Hospital Sírio-Libanês, para Brasília.
Na capital federal, Lula foi liberado para trabalhar, mas com cautela. Ela fez reuniões em duas residências oficiais: no Palácio da Alvorada, onde mora, e na da Granja do Toro, considerada uma espécie de casa de campo.
Ao longo desta segunda-feira, Lula terá reuniões com sua equipe direta e com ministros, incluindo o chefe da Fazenda, Fernando Haddad, que teve suas férias canceladas pelo presidente. Na quarta-feira (8), ele terá compromissos fora do Planalto para lembrar os dois anos dos atos de 8 de janeiro.
Não há data prevista para o presidente ser liberado novamente a fazer viagens longas, mas ele tem sido acompanhado de forma periódica pelos médicos. O processo de cicatrização total da cirurgia é estimado em até 60 dias.
Por enquanto, a agenda de Lula prevê viagens extensas e internacionais apenas em março. Ele deve ir para ir para o Japão e para o Vietnã para firmar parcerias comerciais e para o Uruguai, onde deve participar da posse do presidente eleito Yamandu Orsi.
Relembre a cirurgia de Lula
Lula procurou atendimento médico na noite de 9 de dezembro, depois de ar o dia indisposto e sentir dor de cabeça. Uma ressonância magnética realizada no Hospital Sírio-Libanês de Brasília mostrou uma hemorragia intracraniana.
A lesão foi consequência da queda que o presidente sofreu no Palácio da Alvorada em 19 de outubro. Ele caiu no banheiro enquanto cortava as unhas e bateu a cabeça na banheira do local. Lula chegou a aparecer em eventos públicos alguns dias depois com pontos na região da nuca.
Do hospital em Brasília, ele foi transferido para o Sírio-Libanês em São Paulo e, na madrugada de 10 de dezembro, ou por uma cirurgia para drenar o hematoma intracraniano. A intervenção é chamada de trepanação, que consiste no o à parte cerebral por meio de uma perfuração no crânio.
A cirurgia não teve intercorrências, mas Lula seguiu monitorado na UTI. Em 12 de dezembro, os médicos fizeram um procedimento complementar para evitar novos sangramentos.
A segunda intervenção foi uma embolização de artéria meníngea média, adotada para interromper o fluxo de sangue em uma região e faz parte do protocolo de atendimento em casos semelhantes ao do presidente. No mesmo dia, ele teve retirado o dreno intracraniano colocado na primeira cirurgia.
Em 13 de dezembro, Lula ou a ser acompanhado de forma menos rígida, quando deixou a UTI. Dessa forma, o monitoramento ao presidente, com o uso de aparelhos, dreno e medições, ou a ser realizado em intervalos, e não mais de forma permanente.
Com a saída da UTI, ele também pôde receber mais visitas de familiares e amigos. Antes, apenas a primeira-dama Janja da Silva o acompanhava de forma permanente. A saída da unidade de terapia intensiva já estava prevista para o mesmo dia.
Ao longo das atualizações médicas, foi informado que Lula estava “neurologicamente perfeito”, “cognitivamente bem” e “apto a exercer qualquer tipo de trabalho”. Ainda, que o presidente não teria sequelas.
Lula recebeu alta hospitalar em 15 de dezembro, mas permaneceu em São Paulo para reavaliação médica até o dia 19, quando retornou para Brasília. Na volta, ele recebeu liberação para trabalhar, mas seguindo cuidados. O presidente também foi proibido de praticar atividades físicas.