RECUPERAÇÃO

Lula volta a despachar de seu gabinete no Palácio do Planalto nesta segunda (6)

O presidente retornará quase um mês depois de ar por cirurgia para drenar hematoma intracraniano causado por queda

Por Lucyenne Landim
Publicado em 05 de janeiro de 2025 | 20:19

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltará a despachar no Palácio do Planalto, a sede istrativa do governo federal, a partir desta segunda-feira (6). Está será a primeira vez que ele retornará ao gabinete presidencial desde 9 de dezembro, quando ou por uma cirurgia neurológica de emergência.

Lula terá três agendas neste retorno presencial. Às 9h30, se reunirá com seu chefe de gabinete pessoal, Marco Aurélio Marcola, e o chefe adjunto da agenda presidencial, Oswaldo Malatesta. O segundo compromisso, marcado para às 10h, será uma reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.  

O último compromisso, às 15h, será mais amplo. Estarão no encontro com Lula os ministros Waldez Góes (Integração e do Desenvolvimento Regional) e Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social), além de Hailton de Almeida, ministro das Cidades substituto. Também estarão presentes a secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior, e o presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira. 

Na quarta-feira (8), o petista terá um evento público. Ele participará de uma série de eventos pelos dois anos dos ataques de 8 de janeiro. Um dos compromissos será um ato simbólico, o Abraço da Democracia, na Praça dos Três Poderes. O presidente descerá a rampa do Palácio do Planalto com outras autoridades e encontrará o público para esse abraço.  

Desde que retornou a Brasília em 19 de dezembro, Lula tem despachado das residências oficiais de Brasília: o Palácio da Alvorada, que é onde mora, e a localizada na Granja do Torto, considerada uma casa de campo.  

Relembre

Lula procurou atendimento médico na noite de 9 de dezembro, depois de ar o dia indisposto e sentir dor de cabeça. Uma ressonância magnética realizada no Hospital Sírio-Libanês de Brasília mostrou uma hemorragia intracraniana, consequência da queda que o presidente sofreu no Palácio da Alvorada em 19 de outubro.  

Ele foi transferido para o Sírio-Libanês em São Paulo e, na madrugada de 10 de dezembro, ou por uma cirurgia para drenar o hematoma intracraniano. A intervenção é chamada de trepanação, que consiste no o à parte cerebral por meio de uma perfuração no crânio.  

A cirurgia não teve intercorrências, mas Lula seguiu monitorado na UTI. Em 12 de dezembro, os médicos fizeram um procedimento complementar para evitar novos sangramentos.  

A segunda intervenção foi uma embolização de artéria meníngea média, adotada para interromper o fluxo de sangue em uma região e faz parte do protocolo de atendimento em casos semelhantes ao do presidente.  No mesmo dia, ele teve retirado o dreno intracraniano colocado na primeira cirurgia.

Em 13 de dezembro, Lula ou a ser acompanhado de forma menos rígida, quando deixou a UTI. Dessa forma, o monitoramento ao presidente, com o uso de aparelhos, dreno e medições, ou a ser realizado em intervalos, e não mais de forma permanente.  

Com a saída da UTI, ele também pôde receber mais visitas de familiares e amigos. Antes, apenas a primeira-dama Janja da Silva o acompanhava de forma permanente. A saída da unidade de terapia intensiva já estava prevista para o mesmo dia.  

Ao longo das atualizações médicas, foi informado que Lula estava “neurologicamente perfeito”, “cognitivamente bem” e “apto a exercer qualquer tipo de trabalho”. Ainda, que o presidente não teria sequelas.

Lula recebeu alta hospitalar em 15 de dezembro, mas permaneceu em São Paulo para reavaliação médica até o dia 19, quando retornou para Brasília. Na volta, ele recebeu liberação para trabalhar, mas seguindo cuidados. O presidente também foi proibido de praticar atividades físicas.