Após o susto

‘Estou 100% recuperado e posso fazer as viagens que eu quiser’, avisa Lula após cirurgias na cabeça

Presidente itiu que queda no banheiro colocou sua vida em risco e que espera de quatro horas por avião para levá-lo a SP poderia tê-lo deixado em coma ou morto

Por Hédio Ferreira Júnior
Atualizado em 30 de janeiro de 2025 | 14:46

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou nesta quinta-feira (30) que está plenamente recuperado das cirurgias que fez na cabeça em consequência da queda que sofreu em outubro de 2024, no Palácio da Alvorada. 

Aos 79 anos, Lula havia finalizado o corte das unhas das mãos quando, ainda sentado no banheiro da residência oficial, se esticou para guardar o estojo, desequilibrou e caiu de costas, batendo a cabeça na quina da banheira.

O corte provocou um grande sangramento e resultou em cinco pontos. Diante disso, ele foi orientado a cancelar compromissos internacionais e até mesmo viagens de curto percurso e duração nos meses seguintes. 

“Hoje estou aqui 100% recuperado, 100% preparado pra todas as lutas que vierem a partir de agora. Já voltei a fazer ginástica, já voltei a andar, a fazer musculação. Já posso fazer as viagens que eu quiser, para o país que eu quiser, para a quantidade de quilômetros que eu quiser”, garantiu o presidente a jornalistas em entrevista no Palácio do Planalto. 

Hemorragia colocou vida do presidente Lula em risco

Apesar de monitorada, a lesão provocou uma hemorragia intracraniana que precisou de duas intervenções cirúrgicas posteriores para drenagem do sangue após o presidente ar a sentir constantes dores de cabeça.

As cirurgias foram feitas em São Paulo e, em uma delas, Lula precisou esperar 4 horas pela chegada do avião da Presidência da República que estava fora de Brasília até ser atendido pela equipe médica na capital paulista. 

O presidente itiu que, apesar da aparente simplicidade do acidente doméstico, o caso foi grave e gerou preocupação da equipe médica responsável pelo seu tratamento diante do risco de a demora no atendimento deixá-lo em coma ou até levá-lo à morte. 

Atualmente, ele diz cumprir uma agenda de trabalho irável, que deixa cansado até assessores mais jovens. E que só de não ter morrido de fome na infância, ter vencido um câncer na laringe em 2011 e ado 5 horas sobrevoando o México no ano ado, em um avião com um motor só, já é um “sobrevivente”.

“Um cara que teve uma batida na cabeça que jamais imaginei ter. Fiz uma cirurgia muito grave, muito grave. Fiquei 4 horas esperando o meu avião aqui no hospital Sírio [Libanês, em Brasília], com possibilidade de me dar coma, de eu morrer antes de chegar a São Paulo e tô aqui com muita disposição, com muita vontade de governar’, relembrou.