APÓS CIRURGIA

Lula está plenamente liberado para exercer rotina habitual, com viagens e atividades físicas, diz boletim médico

Em dezembro, o presidente foi submetido a uma cirurgia de emergência para drenar um hematoma no crânio; desde então, ele tem sido acompanhado

Por Lucyenne Landim
Atualizado em 27 de janeiro de 2025 | 11:10

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou por uma nova avaliação médica na manhã desta segunda-feira (27) e foi "plenamente" liberado para retomar sua rotina, fazer viagens e praticar atividades físicas. O petista ou, em dezembro, por uma cirurgia neurológica de emergência.

A avaliação médica foi feita após tomografia de controle no Hospital Sírio-Libanês, em Brasília, nesta segunda-feira. O exame mostrou melhora no quadro do presidente. 

"O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve hoje, 27/01/25, no Hospital Sírio-Libanês, unidade Brasília, para realização de nova tomografia de controle. O exame mostra nova redução da coleção, compatível com progressiva melhora do quadro", disse o hospital.

O boletim médico informou ainda que o presidente foi "liberado plenamente" para exercer sua rotina habitual, o que inclui viagens e atividade física. O comunicado também destacou que Lula continuará sob os cuidados do cardiologista Prof. Dr. Roberto Kalil Filho e da infectologista Dra. Ana Helena Germoglio.

Relembre

Lula procurou atendimento médico na noite de 9 de dezembro, depois de ar o dia indisposto e sentir dor de cabeça. Uma ressonância magnética realizada no Hospital Sírio-Libanês de Brasília mostrou uma hemorragia intracraniana. 

A lesão foi consequência da queda que o presidente sofreu no Palácio da Alvorada em 19 de outubro. Ele caiu no banheiro enquanto cortava as unhas e bateu a cabeça na banheira do local. Lula chegou a aparecer em eventos públicos alguns dias depois com pontos na região da nuca.

Do hospital em Brasília, ele foi transferido para o Sírio-Libanês em São Paulo e, na madrugada de 10 de dezembro, ou por uma cirurgia para drenar o hematoma intracraniano. A intervenção é chamada de trepanação, que consiste no o à parte cerebral por meio de uma perfuração no crânio.  

A cirurgia não teve intercorrências, mas Lula seguiu monitorado na UTI. Em 12 de dezembro, os médicos fizeram um procedimento complementar para evitar novos sangramentos.  

A segunda intervenção foi uma embolização de artéria meníngea média, adotada para interromper o fluxo de sangue em uma região e faz parte do protocolo de atendimento em casos semelhantes ao do presidente. No mesmo dia, ele teve retirado o dreno intracraniano colocado na primeira cirurgia.

Em 13 de dezembro, Lula ou a ser acompanhado de forma menos rígida, quando deixou a UTI. Dessa forma, o monitoramento ao presidente, com o uso de aparelhos, dreno e medições, ou a ser realizado em intervalos, e não mais de forma permanente. 

Com a saída da UTI, ele também pôde receber mais visitas de familiares e amigos. Antes, apenas a primeira-dama Janja da Silva o acompanhava de forma permanente. A saída da unidade de terapia intensiva já estava prevista para o mesmo dia.  

Ao longo das atualizações médicas, foi informado que Lula estava “neurologicamente perfeito”, “cognitivamente bem” e “apto a exercer qualquer tipo de trabalho”. Ainda, que o presidente não teria sequelas. 

Lula recebeu alta hospitalar em 15 de dezembro, mas permaneceu em São Paulo para reavaliação médica até o dia 19, quando retornou para Brasília. Na volta, ele recebeu liberação para trabalhar, mas seguindo cuidados. O presidente também foi proibido, na época, de praticar atividades físicas e recebeu orientação para não viajar. 

Após o retorno a Brasília, Lula permaneceu em agendas privadas no Palácio da Alvorada. Ele retornou ao gabinete presidencial no Palácio do Planalto, a sede istrativa do governo, em 6 de fevereiro, e continuou mesclando compromissos também na residência da Granja do Torto, casa de campo na capital federal.