-
Rogério Correia critica declarações de Nikolas sobre primo preso com maconha
-
Lula pede foco na batalha nas redes digitais e na eleição para o Senado, para blindar STF
-
Nikolas afirma não ter envolvimento com primo preso com 30 quilos de maconha
-
Política em Minas e no Brasil - Brasília, Congresso, ALMG, Câmara de BH e os bastidores
-
Lula reclama de interferência de Trump
Hugo Motta negocia com Sâmia Bomfim pelo fim da greve de fome de Glauber
Negociação, que teve envolvimento de líder do PT, resultou em ligação do presidente para a deputada do Psol
BRASÍLIA - O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), fez um telefonema para a deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP) com o objetivo de negociar o fim da greve de fome do deputado Glauber Braga (Psol-RJ), iniciada há mais de uma semana. O psolista responde por um processo que pede a cassação de seu mandato.
A ligação veio a partir da intermediação do líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (PT-RJ), que fez a ponte entre Motta e os parlamentares do Psol. Nas conversas, o petista chegou até mesmo a citar a proximidade da Semana Santa, já que o presidente é católico praticante.
O presidente da Casa não vinha mantendo contato com nenhum membro da bancada psolista. As negociações resultaram no telefonema feito por Motta a Sâmia.
“Em diálogo com a deputada Sâmia Bomfim (PSOL/SP) e o líder do PT, Lindbergh Farias (RJ), avançamos para o fim da greve de fome do deputado Glauber Braga (PSOL/RJ). Garanto que, após a deliberação da CCJ, qualquer que seja ela, não submeteremos o caso do deputado ao Plenário da Câmara antes de 60 dias para que ele possa exercer a defesa do seu mandato parlamentar”, publicou Motta nas redes sociais.
Na próxima terça-feira (22), Glauber Braga apresentará um recurso à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) contra o Conselho de Ética da Câmara, que, na última quarta-feira (9), decidiu pela cassação do mandato dele por quebra de decoro.
A CCJ não analisa o mérito do processo de cassação, mas verifica se há vícios de legalidade ou inconstitucionalidade. Nesse sentido, cabe ainda ao colegiado avaliar, quando identificado vício, se é possível corrigir o erro cometido ou se é necessário anular todo o processo.
No entanto, Motta indicou que não deve deixar de pautar o processo contra Gleuber no plenário caso a CCJ autorize o andamento do caso. “Após este período, as deputadas e os deputados poderão soberanamente decidir sobre o processo”, escreveu o presidente.
Hoje, nos bastidores, aliados de Glauber costuram um acordo pela manutenção do mandato do deputado. Um dos argumentos centrais é que a punição sugerida pelo relator, o deputado Paulo Magalhães (PSD-BA), é desproporcional. O deputado do PSOL virou alvo de representação no Conselho de Ética por agredir um militante do Movimento Brasil Livre (MBL) na Câmara.