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6 em cada 10 brasileiros são a favor da regulação das redes sociais, aponta pesquisa
Porém, a maioria se diz contrária caso a medida imponha limites à liberdade de expressão no meio digital

BRASÍLIA - Uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (4) pela Nexus aponta que 60% dos brasileiros são a favor de algum tipo de regulamentação nas redes sociais. Alvo de polêmica, o tema é debatido pelo Congresso, pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva, que apoia a medida, e pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo o levantamento, em relação ao apoio dos brasileiros à regulação das redes:
- 60% se disseram a favor
- 29% afirmaram ser contra
- 5% não se disseram nem a favor, nem contra
- 7% não souberam responder
Contudo, dentro desses 60% favoráveis, metade (ou seja, o equivalente a 30% dos entrevistados) afirmou ser favorável apenas se a regulação não limitar a liberdade de expressão das pessoas no ambiente digital - no Congresso, esse é o principal argumento levantado por parlamentares da oposição para serem contrários ao projeto que estabelece a regulamentação.
Portanto, da população total, segundo o levantamento, apenas 28% das pessoas defendem a medida de maneira incondicional. Outros defendem de forma mais genérica, sem detalhar seu posicionamento.
Por outro lado, 78% dos entrevistados acreditam que as plataformas precisam ter mais responsabilidade por suas atividades do que têm atualmente, enquanto 64% creem que a regulação é uma importante forma de combater a difusão da desinformação nas mídias digitais. Já outros 61% concordam que a regulação é fundamental para enfrentar a disseminação de conteúdos antidemocráticos.
Checagem de fatos
A pesquisa também aborda os diferentes modelos de checagem de informações adotados pelas plataformas. A discussão ganhou corpo no Brasil após a Meta, que é a dona do Facebook e do Instagram, anunciar que iria extinguir seu sistema de checagem de notícias, em que a veracidade de uma informação é atestada por profissionais contratados.
A empresa aria a adotar o sistema de “notas da comunidade”, usado pelo X (antigo Twitter), em que essa verificação é feita pelos próprios usuários, sem nenhum tipo de controle pela empresa. Depois, a Meta ressaltou que a mudança só valeria para os Estados Unidos.
Segundo a pesquisa da Nexus, 73% dos brasileiros veem a checagem de fatos como importante para combater notícias falsas e discursos de ódio. Outros 65% acreditam também que esse processo fique por conta dos próprios usuários.