FIM DE MANDATOS

Pacheco e Lira deixam comando do Senado e da Câmara neste sábado; Veja qual deve ser o futuro deles

Publicamente, Rodrigo Pacheco e Arthur Lira desconversam sobre eventuais cargos que podem assumir, mas algumas opções são cogitadas; entenda melhor sobre elas

Por Lucyenne Landim
Publicado em 01 de fevereiro de 2025 | 07:30

BRASÍLIA - As trocas no comando do Congresso Nacional, marcadas para este sábado (1º), têm Rodrigo Pacheco (PSD-MG) saindo do cargo de presidente do Senado e Arthur Lira (PP-AL) deixando o posto na Câmara dos Deputados. Publicamente, o futuro dos dois é incerto, mas algumas opções são cogitadas. 

Uma delas é assumir cargos de ministros no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que prepara uma reforma ministerial. A estratégia de colocar principalmente Lira no primeiro escalão mira aumentar o apoio político ao governo, alvo de reclamação constante do quase ex-presidente da Câmara. 

Não é de hoje que Lira diz que Lula não privilegia a Câmara na Esplanada dos Ministérios, e a crítica do alagoano deve ter impacto na reorganização do governo. Ele próprio é cotado para o Ministério da Agricultura. Se confirmado, ele assumirá a vaga ocupada atualmente por Carlos Fávaro (PSD). 

Enquanto seu futuro está indefinido, Lira ocupará um gabinete amplo na Câmara, maior do que a grande maioria dos deputados usa e de direito a ex-presidentes do Legislativo quando deixam o cargo. O local já está pronto, inclusive, com uma placa de identificação do deputado. 

Lira também irá se preparar para as eleições de 2026. A tendência é que ele dispute uma vaga ao Senado, mas o Executivo de Alagoas também não está descartado, como informou em entrevista ao O Globo publicada nesta sexta-feira (31). 

Pacheco caminha pela mesma direção nessa saída do comando do Senado. O nome do mineiro também é cogitado para uma vaga no primeiro escalão de Lula e não se sabe, ainda, se ele pedirá licença do mandato para ir para o governo. O nome dele é lembrado para os ministérios da Justiça e Segurança Pública, e o de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. 

Se há dúvidas sobre o futuro imediato dele, o cenário é diferente a médio prazo. Questionado, Lula comentou seu desejo em uma entrevista na quinta-feira (30): “Eu quero que o Pacheco seja governador de Minas Gerais. É isso que eu quero”. 

Pacheco ou quatro anos como presidente do Senado, e nos dois últimos, articulou medidas que impactam diretamente Minas Gerais. A principal delas foi a mudança nos termos das dívidas dos Estados com a União.  

Algumas vezes questionado, ele desconversou sobre seu desejo eleitoral, mas nunca negou que será candidato em Minas. Aliados do mineiro afirmam que ele tem evitado contar, até no círculo mais próximo, para onde deve ir a partir deste sábado e se limitado a dizer que sua preocupação atual é a entrega do bastão.