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Com Pacheco cotado para assumir ministério, suplente diz que está preparado para trabalhar por Minas
Nascido em uma família de políticos na Zona da Mata e formado em istração de empresas, Renzo Braz foi eleito deputado federal por duas vezes
Cotado para assumir o Ministério do Desenvolvimento da Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD), pode deixar o cargo no Legislativo em uma eventual reforma ministerial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), prevista para fevereiro, e abrir espaço para que seu suplente, o ex-deputado federal Renzo Braz (PP), assuma o posto no Senado. Se for indicado ao cargo na pasta, Pacheco substituiria o vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), que seria alocado no Ministério da Defesa.
Nascido em uma família de políticos na Zona da Mata e formado em istração de empresas, Renzo foi eleito deputado federal por duas vezes, em 2010 e 2014, e concorreu como primeiro suplente na chapa vencedora de Pacheco em 2018. Durante sua atuação na Câmara dos Deputados, o ex-parlamentar votou a favor do processo de impeachment de Dilma Rousseff (PT) e, no governo de Michel Temer (MDB), foi favorável à reforma trabalhista e à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do teto de gastos.
De acordo com Renzo, o tio e o avô dele foram prefeitos de Muriaé por vários mandatos. O tio, Braulio Braz, também foi deputado estadual por Minas Gerais por quatro mandatos na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Renzo diz também que coordenou várias campanhas eleitorais antes de ser deputado federal.
Em sua agem pela Câmara, Renzo destaca o fortalecimento do municipalismo e a “grande alocação de recursos para a saúde e infraestrutura” em mais de 130 municípios de Minas Gerais. “Tenho muito orgulho de tantas conquistas para a saúde dos mineiros e de tantas obras realizadas com recursos que conseguimos junto ao Governo Federal”, afirma.
Questionado sobre sua postura se assumisse o cargo no Senado, ele diz que replicaria a atuação como deputado federal, porém, com “maior intensidade” e maior incremento no apoio às políticas públicas de saúde e infraestrutura.
“Além disso, (eu iria) legislar para o fortalecimento da economia do país, da minimização da carga tributária e lutar muito para trazer grandes investimentos, inclusive internacionais, para o comércio e a indústria do Estado de Minas Gerais. Meu alinhamento é com as políticas públicas de interesse do povo mineiro. Estaremos ao lado de todos os projetos que representem os superiores interesses da população, independente de sigla partidária”, argumenta.
Sem perspectiva de assumir
Questionado sobre articulações para assumir o posto de Pacheco, Renzo se limitou a dizer que o senador é “um homem público extremamente preparado” e que tem “plenas condições de contribuir com qualquer governo”. “Portanto, caso ele venha a compor o governo, isso se dará exatamente pelas competências e habilidades do Senador Rodrigo. Essa eventual sucessão não foi objeto de uma conversa específica entre nós, mas é um processo natural que pode acontecer de acordo com a movimentação política”, define.
Mesmo sem perspectiva imediata de assumir o posto no Senado, Renzo reforça que está “preparado para trabalhar por Minas Gerais”. “Nossos projetos, repito, são de fortalecimento do Municipalismo, do trabalho inegociável pela saúde e da conquista de grandes investimentos para Minas Gerais, que garantam geração intensa de emprego e rendas para os mineiros”, pontua.
Destino de Pacheco
Já de olho nas eleições de 2026, as especulações sobre o futuro do atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, dentro do governo Lula ganham força com a proximidade das eleições para a presidência do Congresso Nacional, que devem ocorrer no próximo sábado (31). Definir um caminho que agrade o senador dentro do governo é um dos desafios do presidente Lula em sua reforma ministerial, prevista para ocorrer em fevereiro. Enquanto isso, a escassez de nomes competitivos alinhados ao governo federal para disputar o governo estadual em 2026 valoriza o nome de Pacheco, um dos preferidos dos petistas para a disputa no Estado.
Nos bastidores, diz-se que Pacheco poderia ser indicado por Lula para chefiar o Ministério do Desenvolvimento da Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Conforme se especula, o atual presidente do Senado teria condições de escolher para qual pasta ele seria indicado, mas tem limitado manifestações públicas sobre seus interesses e mantém várias portas abertas.
Outro caminho possível para Pacheco no governo Lula seria ocupar o Ministério da Justiça, mas a opção é menos provável e o senador não estaria convencido de que este é um o interessante. A experiência na Justiça poderia reforçar o currículo de Pacheco para uma eventual indicação a uma vaga em um tribunal superior, no STF ou no STJ, mas os riscos políticos envolvidos na gestão da pasta seriam considerados muito elevados.
A própria indicação para o MDIC traria novos riscos, como as incertezas no cenário político-internacional e as variações cambiais, que não estão sob controle do ministro que estiver no comando do ministério. Apesar disso, o posto abre um canal de diálogo com setores econômicos importantes, que interessam ao governo e poderiam interessar também a Pacheco.