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Lira diz que Câmara chega unida para este sábado e que ficará feliz se Motta 'tiver um voto a mais' que ele
O deputado alagoano conversou com a imprensa horas antes de deixar o comando da Câmara e anunciou o acordo entre as lideranças partidárias para a Mesa Diretora
BRASÍLIA - Horas antes de deixar o comando da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) anunciou o acordo entre as lideranças partidárias para a composição da Mesa Diretora da Casa. Ele ainda afirmou que a Casa "chega unida" após o longo processo de negociações para o comando do Legislativo.
"Depois de um longo período de negociações, a Câmara chega completamente unida, como se comportou ao longo desses últimos anos. Decisão quase unânime, consensual de quase todos os partidos da Casa", afirmou durante coletiva de imprensa ao lado de outros líderes.
Além da confirmação da vitória de Hugo Motta para a presidência do Legislativo, em sessão marcada para a tarde deste sábado (1º), o alagoano antecipou os outros nomes que devem ser confirmados na reunião plenária para compor a Mesa Diretora. São eles:
- Primeira vice-presidência: Altineu Côrtes (PL-RJ);
- Segunda vice-presidência: Elmar Nascimento (União Brasil-BA);
- Primeira secretaria: Carlos Veras (PT-PE);
- Segunda secretaria: Lula da Fonte (PP-PE);
- Terceira secretaria: Delegada Katarina (PSD-SE);
- Quarta secretaria: Sérgio Souza (MDB-PR).
Motta pode ter mais votos que Lira
Em sua fala, Lira ainda afirmou que "ficará feliz" se o seu escolhido para o cargo, Hugo Motta, "tiver um voto a mais que ele". Em fevereiro de 2023, Lira foi eleito para seu segundo mandato com 464 dos 513 votos possíveis - eram necessários 257. Para a eleição de Motta, o prognóstico é ainda mais otimista.
"A questão de votos é imprevisível e pertinente à vontade dos deputados. Sempre fui muito grato e muito orgulhoso em ter sido até hoje o deputado mais votado da Câmara. Agora, ficarei muito mais orgulhoso e trabalhei muito mais para isso, se Hugo Motta tiver um voto a mais que eu".
Motta conseguiu apoio das 18 bancadas partidárias da Casa — entre elas figuram as maiores e mais poderosas. As siglas representam 496 deputados do Legislativo. Contudo, a manifestação de apoio partidário não significa que Hugo Motta obterá os votos de todos os parlamentares filiados às siglas porque a votação é secreta.
Entretanto, a contagem indica que, com exceção dos dissidentes que contrariarão a orientação do partido, ele será eleito com folga. Seus adversários no pleito são Marcel Van Hattem (Novo-RS) e Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ) — eles pertencem às únicas duas bancadas que não declararam apoio ao líder do Republicanos.
Partidos ainda articulam divisão de comissões
Com o acordo firmado para distribuição das cadeiras no plenário, resta aos partidos decidir a divisão das comissões permanentes da Câmara dos Deputados.
A mais cobiçada é a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), e as últimas costuras têm indicado que ela sairá das mãos de Caroline de Toni (PL-SC) e será entregue ao União Brasil — partido que também deseja a relatoria-geral do Orçamento.
O PSD, que desistiu da candidatura própria para apoiar Hugo Motta, ganhou três postos: a corregedoria parlamentar e as comissões de Minas e Energia e a de Turismo. A corregedoria será entregue ao deputado Diego Coronel (PSD-BA); a Comissão de Minas e Energia a Diego Andrade (PSD-MG), e o Turismo a Laura Carneiro (PSD-RJ).