-
Ministro da Saúde de Bolsonaro e outras 9 testemunhas do general Heleno depõem ao STF nesta segunda
-
‘Não somos bandidos’, diz Mourão a Moraes sobre se esconderia de Bolsonaro encontro com ministro
-
Com 7 pessoas, comitiva de Zema para El Salvador será custeada pelo Estado
-
Com R$ 165 bi para pagar, deputados começam a debater Propag
-
Política em Minas e no Brasil - Brasília, Congresso, ALMG, Câmara de BH e os bastidores
Eleição de 2026 deve determinar destino de Pacheco na reforma ministerial do governo Lula
Um das possibilidades que ganham força é que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), seja indicado para o MDIC
Mirando as eleições de 2026, ganham forças as especulações sobre o futuro do atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD). Definir um caminho que agrade o senador eleito por Minas Gerais é um dos desafios do presidente Lula (PT) em sua reforma ministerial, prevista para ocorrer em fevereiro, após as eleições para escolha do comando na Câmara dos Deputados e no Senado. A escassez de nomes competitivos alinhados ao governo federal para disputar o governo estadual em 2026 valoriza o e de Pacheco, um dos preferidos dos petistas para a disputa no Estado.
Conversas nos bastidores, dizem que Pacheco pode ser indicado pelo presidente Lula (PT) para comandar o Ministério do Desenvolvimento da Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), atualmente ocupado pelo vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB). Neste caso, o vice-presidente seria deslocado para a pasta do Ministério da Defesa.
Pacheco teria condições de escolher, mas tem limitado manifestações públicas sobre seus interesses e mantém várias portas abertas. Um dos caminhos possíveis seria o Ministério da Justiça, mas o senador não estaria convencido de que este é um espaço interessante. A experiência na Justiça poderia reforçar o currículo de Pacheco para uma eventual indicação a uma vaga em um tribunal superior, no STF ou no STJ, mas os riscos políticos envolvidos na gestão da pasta seriam considerados muito elevados.
A própria indicação para o MDIC traria riscos, como as incertezas no cenário político-internacional e as variações cambiais, que não estão sob controle do ministro que estiver no comando do ministério. Apesar disso, o posto abre um canal de diálogo com setores econômicos importantes, que interessam ao governo e poderiam interessar também a Pacheco.
No governo, o que se fala é que o atual presidente do Senado teria o perfil de conciliação capaz de facilitar o diálogo com entidades importantes do setor industrial, como as federações das indústrias. Entre elas está a Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), comandada por Flávio Roscoe, atualmente muito próximo do governador Romeu Zema (Novo), mas que já manifestou disposição de buscar um caminho político próprio em 2026.
Algumas pautas importantes para a Fiemg coincidem com pautas do governo Lula, como é o caso da queda das taxas de juros e um controle maior das importações realizadas via comércio eletrônico, como a “taxa das blusinhas”, que recai especialmente sobre produtos de sites estrangeiros. Ainda assim, mesmo com alguma proximidade na pauta, no discurso Flávio Roscoe segue politicamente distante dos petistas. A presença de Pacheco no MDIC poderia ser o caminho para alguma aproximação.
A reportagem fez contato com representantes do setor para sondar qual seria o impacto de Pacheco no ministério, mas a alternativa adotada é aguardar o avançar das conversas para se posicionar no assunto que, de acordo com interlocutores em Brasília, segue ainda muito no campo das especulações, sem posicionamentos ou gestos sólidos do governo em qualquer caminho.