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Corrupção no topo das preocupações

O sentimento do brasileiro se coaduna com os escândalos de corrupção em todas as esferas da istração pública que ocupam o noticiário.

Por Editorial O TEMPO
Publicado em 31 de maio de 2025 | 07:00

A corrupção ou a ser a maior preocupação dos brasileiros em maio, superando até mesmo a criminalidade violenta, que coloca em risco a vida e o patrimônio do cidadão diariamente.

Os dados da pesquisa AtlasIntel divulgados ontem mostram que 59,5% dos entrevistados apontaram a corrupção como o maior problema.

O sentimento do brasileiro se coaduna com os escândalos de corrupção em todas as esferas da istração pública que ocupam o noticiário. Um exemplo são os descontos irregulares nos vencimentos de pensionistas do INSS, que chegaram a cerca de R$ 6,3 bilhões em recursos desviados.

A mudança dessa imagem negativa a não só pela repressão, mas também pela prevenção. Este talvez seja o calcanhar de aquiles do país no trato com o dinheiro público.

O combate à corrupção no Brasil tem sido marcado por avanços e retrocessos. Iniciativas corajosas são muitas vezes dragadas pelo ambiente já acomodado com os desvios. Apenas 2% das organizações públicas do Brasil têm um sistema de proteção adequado para combate a fraudes, de acordo com o Tribunal de Contas da União (TCU).

A solidez institucional está na base do desenvolvimento de uma nação. Fiscalizar e exigir transparência são tarefas que envolvem inúmeros órgãos e, claro, a população, como a parte mais interessada.

Fortalecer as instituições de controle, como Ministérios Públicos, Tribunais de Contas e Controladorias, além de garantir autonomia e recursos para esses órgãos, é fundamental.

Transparência, o à informação e participação social devem ser pilares inegociáveis de qualquer governo comprometido com a boa gestão e a ética. Nesse ponto entra a participação popular, fortalecendo a fiscalização do uso dos recursos públicos.

O combate à corrupção não pode ser sazonal, nem seletivo, com base em circunstâncias partidárias. Deve ser uma política de Estado, permanente, que transcenda governos e ideologias.