O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mais que dobrou em 2023 o empenho de emendas parlamentares, quando comparado ao último ano de gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Dessa forma, foram empenhados R$ 34,6 bilhões em emendas este ano, ante R$ 16,8 bilhões em 2022, o que representa uma alta de 106,14% na comparação de um exercício orçamentário para o outro. Os dados são do Ministério de Relações Institucionais.
Empenho é a reserva do recurso que vai ser pago depois que o serviço for concluído ou a compra for entregue. As emendas parlamentares são um instrumento que permite deputados e senadores enviarem dinheiro para suas zonas de influência.
Esse instrumento é impositivo, o que faz com que o governo federal seja obrigado a liberar os recursos aos redutos eleitorais dos parlamentares. Desde o início da série histórica, é a maior liberação de emendas em um único ano.
Na avaliação de especialistas, as emendas são importantes, porque aumenta a participação do Congresso sobre o orçamento, evitando que o Estado seja “tecnocrata”. Ainda assim, o aumento a cada anos das cifras bilionárias desses recursos geram preocupação, uma vez que a falta de transparência e de critérios para a destinação das verbas pode favorecer corrupção.
O Palácio do Planalto tem usado eufemismo para minimizar o impacto negativo das cifras bilionárias liberadas na forma de emendas parlamentares a cada votação importante no Congresso Nacional. Foi assim ao longo de 2023 e não foi diferente também no balanço de fim de ano.
Dessa forma, o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, chegou a classificar a liberação do montante como volta da “reabilitação institucional” entre o governo federal e o Parlamento. Nesse sentido, ele disse que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deu um “calote” nos deputados e senadores ao não liberar as emendas parlamentares.
Alexandre Padilha listou ainda que diferentes tipos de emendas foram atendidas em 2023.
Emendas individuais:
Emendas de bancadas:
Emendas de comissão: