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Fiemg critica aumento de imposto sobre IOF: 'retrato preocupante'
“Tributar quem toma crédito é penalizar quem produz, quem gera emprego e quem movimenta a economia”, disse Flávio Roscoe
A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) emitiu nota na noite desta sexta-feira (23) com críticas ao anúncio feito pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre o aumento na alíquota do Imposto de Operações Financeiras (IOF). O anúncio foi feito na quinta-feira (22) e, após pouco mais de 12 horas, o governo voltou atrás em parte da medida.
A Fiemg se manifestou contrária a qualquer aumento de impostos. “Tributar quem toma crédito é penalizar quem produz, quem gera emprego e quem movimenta a economia”, afirmou o presidente da Fiemg, Flávio Roscoe.
Veja a nota da Fiemg na íntegra:
“A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) reitera sua firme posição contrária ao aumento de impostos, especialmente em um cenário de estagnação econômica e juros elevados. O recente episódio envolvendo o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) — com anúncio, repercussão negativa e revogação parcial em menos de 24 horas — é um retrato preocupante da instabilidade regulatória que vem afastando investimentos e prejudicando o ambiente de negócios no Brasil.
“O governo precisa entender que não há espaço para aumentar ainda mais a carga tributária. É inaceitável que, a cada semana, empresários e investidores sejam surpreendidos com novas medidas que oneram o setor produtivo. Esse tipo de postura só reforça a insegurança jurídica e enfraquece a confiança no país como destino de investimentos”, afirma Flávio Roscoe.
A tentativa de tributar operações estratégicas como a antecipação de recebíveis e o risco sacado, fundamentais para o funcionamento de cadeias produtivas e para a saúde financeira de milhares de empresas, revela o desconhecimento do impacto real dessas decisões sobre a atividade econômica. “Tributar quem toma crédito é penalizar quem produz, quem gera emprego e quem movimenta a economia. O IOF incide diretamente sobre operações que já sofrem com juros altos. É contraproducente”, completa o presidente.
A FIEMG também manifesta sua preocupação com a falta de previsibilidade e a forma como decisões dessa magnitude têm sido tomadas — sem diálogo prévio com os setores impactados e muitas vezes revogadas após pressões pontuais. “Não é possível construir um país sério com improviso fiscal. O setor produtivo precisa de estabilidade, planejamento e confiança. Qualquer mudança nas regras do jogo precisa ser feita com responsabilidade, transparência e diálogo”, reforça Roscoe.
A federação continuará mobilizada contra medidas que ampliem a carga tributária e comprometam a competitividade da indústria nacional. É preciso interromper o ciclo vicioso de aumento de gastos públicos sustentado por elevação de tributos. O Estado brasileiro deve olhar para dentro, racionalizar suas despesas e fazer sua parte no ajuste fiscal. Transferir o custo da ineficiência para a sociedade e o setor produtivo é inaceitável”.