PADARIA NO SERRANO

Delegado esclarece caso da torta de frango supostamente contaminada em BH; veja o que se sabe

Padeiro e dono do estabelecimento se apresentaram na delegacia, prestaram depoimento e foram liberados

Por Mateus Pena
Atualizado em 24 de abril de 2025 | 15:48

O delegado Alex Sandro Cecílio Pimenta, da Central Estadual do Plantão Digital da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), esclareceu os primeiros detalhes do caso da torta de frango que, supostamente, contaminou três pessoas que compraram o lanche em uma padaria no bairro Serrano, na região Noroeste de Belo Horizonte. Na manhã desta quarta-feira (23 de abril), uma idosa de 75 anos e um casal, de 23 e 24, foram internados em estado grave.

Conforme o delegado, a PCMG instaurou um inquérito para investigar o caso. Alex ressaltou que os policiais realizaram a apreensão de uma amostra de produtos que se encontravam expostos à venda na padaria. "As vítimas, bem como os materiais apreendidos, serão submetidos a exames. A investigação agora prosseguirá a cargo de delegacia para outras diligências necessárias e a Polícia Civil não descarta nenhuma linha investigativa", explicou Alex.

O delegado confirmou que tanto o representante legal do estabelecimento quanto o padeiro se apresentaram na delegacia e foram ouvidos e liberados. "Em suas declarações, o padeiro alegou ter levado outra torta para casa. Ele disse que o alimento foi consumido por sua família e nenhum deles sentiu algo diferente. A esposa do padeiro também prestou declarações como testemunha", pontuou Alex Sandro.

Como foi o caso?

Uma idosa de 75 anos e um casal, de 23 e 24, foram internados em estado grave após consumirem uma torta de frango e empadas vendidas na padaria. Elas começaram a sentir mal-estar nesta terça-feira (22 de abril), um dia após consumirem os produtos. De acordo com a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), os funcionários da padaria confirmaram que os produtos estavam estragados e o dinheiro foi devolvido para os clientes.

Para os militares, o proprietário do estabelecimento informou que os alimentos teriam sido feitos no último sábado (19). O estabelecimento foi interditado nesta quarta-feira (23) pela Vigilância Sanitária. 

'Ele não envenenou a comida', diz mulher de padeiro 

A esposa do padeiro o acompanhou até a Central de Flagrantes 4, localizada no bairro Alípio de Melo, na região da Pampulha. A mulher, de 43 anos, afirmou que o marido não tem responsabilidade pela contaminação das vítimas. 

“Ao ver a reportagem e a repercussão do caso, logo falei com ele para nos apresentarmos na delegacia, pois estavam o acusando de algo que ele não fez. Inclusive, trouxemos até um pedaço da torta para a perícia. Todos lá em casa comeram e ninguém ou mal. Nem eu, nem nossa filha de 4 anos, nem minha mãe”, detalhou.

Ela contou ainda que o padeiro já havia comentado sobre o estado de conservação dos alimentos no estabelecimento. “Ele relatou que os ingredientes e os alimentos ficavam abertos na geladeira e expostos a bactérias, além de não terem o armazenamento adequado. Por trabalhar há muitos anos na área, ele conhece bem como funciona o estado de conservação. O fato de a padaria ter sido interditada por não possuir alvará da vigilância sanitária comprova isso”, pontuou.