O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Polícia Federal (PF) inclua o nome do blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio na lista de difusão vermelha da Interpol – que contém os nomes de pessoas procuradas pela Justiça.
O ofício, que está anexado ao inquérito sigiloso do STF, chegou ao poder da cúpula da PF no último dia 7. Até o momento, o nome de Eustáquio não apareceu na lista de difusão vermelha da Interpol. Ainformação é da revista Veja.
Eustáquio é investigado pelo STF no inquérito que apura atos contra o Estado Democrático de Direito. O apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou o Brasil logo após as eleições de 2022, com receio de ser preso novamente.
Oswaldo Eustáquio chegou a ir ao Palácio da Alvorada em 12 de novembro para pedir abrigo ao então presidente Jair Bolsonaro (PL), segundo seu próprio advogado afirmou à época. Ele, porém, negou que tenha ido até a residência oficial para fugir de alguma ordem de detenção.
Eustáquio já foi preso uma vez, em 2020, por ordem de Alexandre de Moraes, por ataques aos poderes constitucionais e solto poucos dias depois. Em setembro de 2021, após os atos de 7 de Setembro contra o STF e o TSE, uma nova ordem de prisão foi dada, mas acabou revogada uma semana depois.
A nova ordem de prisão foi decretada por Moraes em 2022 por causa dos ataques ao sistema eleitoral brasileiro à incitação de golpe de Estado por meio de intervenção militar. Desde então, Eustáquio alega ter buscado exílio em oito países. Nesse período, ele gravou vídeos mostrando sua rotina dormindo em albergues.
Oswaldo Eustáquio chegou a ser localizado no Paraguai
Na operação que prendeu o youtuber bolsonarista Bismark Fugazza, do canal “Hipócritas", em março, a PF também localizou Oswaldo Eustáquio no Paraguai. Contudo, um pedido de asilo feito por ele naquele país impediu que ele fosse detido, conforme determinava a decisão de Alexandre de Moraes.
O próprio Oswaldo Eustáquio confirmou a informação à RPC, afiliada da TV Globo no Paraná. No momento da chegada dos policiais, ele apresentou um documento para provar que havia pedido asilo político no Paraguai.
Eustáquio dividia o apartamento com Bismark Fugazza, que foi detido, também acusado de incitar atos contra a posse do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os dois eram procurados pela PF desde o fim do ano ado. Mesmo foragido, Fugazza havia divulgado em uma rede social que estava no Paraguai.