Bento Albuquerque se torna investigado pela PF no caso das joias sauditas

O ex-ministro Bento Albuquerque (Minas e Energia) se tornou nesta terça-feira (25) investigado no caso que apura as circunstâncias da entrada no Brasil de joias doada pelo regime da Arábia Saudita ao então presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2021. Albuquerque era testemunha até então.
Foi a comitiva do ex-ministro que trouxe as joias apreendidas no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, pela Receita Federal. Os itens de valor estimado em R$ 16,5 milhões estavam na mochila de um assessor do almirante.

Nos meses seguintes, por diversas vezes, o governo Bolsonaro tentou retirar as joias da Receita mesmo sem o pagamento dos impostos devidos e sem incorporar os itens ao patrimônio do poder público O ex-ministro chegou a dizer que elas eram para Michelle Bolsonaro.

Em seu depoimento à PF, Bento Albuquerque disse que não sabia se tratar de joias no pacote apreendido. A informação contrasta com a fala dele ao jornal "O Estado de S. Paulo" quando do surgimento do escândalo. Na ocasião, ele afirmou que o kit era para a ex-primeira-dama.

Após o episódio, outros kits de joias foram revelados. Pelo menos mais dois que chegaram até o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e foram incorporados a seu acervo pessoal tiveram que ser entregues ao poder público por ordem do Tribunal de Contas da União (TCU). Nesta terça-feira (25), o jornal "O Estado de S. Paulo" revelou que uma servidora do Palácio do Planalto disse à Polícia Federal que um deles foi recebido em mãos por Michelle Bolsonaro. Ela confirmou à informação.

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