BRASÍLIA - Animado “como uma criança”: foi assim que Jair Bolsonaro (PL) se definiu ao The New York Times sobre o convite que teria recebido para participar da posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. 

A declaração faz parte de uma entrevista concedida pelo ex-presidente ao maior jornal norte-americano e publicada horas antes de o ministro Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes negar a entrega do aporte para que ele possa sair do Brasil.

Bolsonaro chegou a dizer que pedia “a Deus” para ter a chance de apertar novamente a mão de Trump, seu aliado e por quem declara iração, na posse marcada para a próxima segunda-feira (20), em Washington D.C., capital norte-americana.

'Não vou nem tomar mais Viagra' 

Na entrevista, o ex-presidente demonstrou otimismo sobre a chance, agora frustrada, de deixar o país e voltar aos Estados Unidos, onde ou três meses desde que deixou a Presidência da República, em 30 de dezembro de 2022. 

“Estou me sentindo criança de novo com o convite do Trump. Estou animado. Não vou nem tomar mais Viagra”, declarou ele na entrevista. 

Ao negar a entrega do aporte, Moraes alegou que, além de o e-mail apresentado como convite não conter detalhes de sua participação na cerimônia, Bolsonaro ainda indica desejo de deixar o Brasil, ao apoiar a fuga de outros investigados e julgados pelo STF.

Ao comentar sobre o fato de estar inelegível e não poder se candidatar a um cargo eletivo até 2030, o ex-presidente acusou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), responsável pela decisão, de cometer um "um estupro da democracia". “Não estou preocupado em ser julgado. Minha preocupação é quem vai me julgar”, declarou ele.