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‘Uma maldade o que fizeram com ela’, diz Chiquinho Brazão, acusado de mandar matar Marielle
Em depoimento ao STF, o parlamentar afirmou que a vereadora era uma 'amiga' e que o irmão Domingos Brazão 'sequer sabia da existência dela' antes do crime
BRASÍLIA - O deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) disse lamentar, nesta segunda-feira (21), a morte “prematura” de Marielle Franco (Psol), de quem ele é acusado, junto com o irmão Domingos Brazão, de mandar matar. A vereadora do Rio foi assassinada a tiros dentro do carro em 14 de março de 2018. Na ocasião, o motorista dela, Anderson Gomes, também foi atingido e morreu.
Chiquinho Brazão deu a declaração durante o depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde o inquérito é investigado sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes. Ele e o irmão, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, estão presos desde março de 2024 e são apontados pelo atirador Ronnie Lessa como os mentores intelectuais do crime.
Durante o interrogatório de cerca de cinco horas, interrompido diversas vezes por falhas na conexão da internet na Penitenciária Federal de Campo Grande (MS), o deputado negou que conhecesse Ronnie Lessa e fez diversos elogios à vereadora, com quem conviveu na Câmara quando foi vereador do Rio.
A tentativa da defesa de Chiquinho é descolá-lo da imagem de adversário político de Marielle. Segundo as investigações, os irmãos tinham negócios ligados à grilagem de terras no Rio de Janeiro, crime que estaria sendo combatido pela vereadora na Câmara Municipal e interferindo nos negócios dos dois. “Nunca em nossas vidas invadimos 1 metro sequer da propriedade de alguém”, afirmou ele.
Chiquinho diz que Marielle era "amiga" e "amável"
O deputado federal, que teve o pedido de cassação do seu mandato aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, voltou a negar qualquer entrevero com Marielle, a quem se referiu como “amiga” e “vereadora muito amável”.
“Uma maldade o que fizeram [com ela]. Uma jovem com um futuro brilhante pela frente”, declarou. No início do depoimento ele chegou a se emocionar ao lembrar ter uma filha, mãe do seu neto, com a idade próxima a que Marielle teria se estivesse viva. “Ela era uma vereadora muito amável e a gente sempre teve uma boa relação”, contestou. O depoimento seguirá nesta terça-feira (22).
Chiquinho Brazão também chegou a dizer que o irmão não tinha nada contra Marielle e que teria se surpreendido na época do assassinato pela repercussão do caso envolvendo alguém que ele sequer conhecesse. “Ele sequer sabia da existência dela e chegou a questionar 'o que tão sério fez essa jovem para [ser vítima de] um crime tão bárbaro'”, teria questionado Domingos ao irmão, segundo o depoimento.