BRASÍLIA - A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, defendeu que a primeira-dama, Janja da Silva, e a ter um tipo de cargo simbólico no governo Luiz Inácio Lula da Silva para exercer suas atividades em viagens e outros compromissos.

Os gastos de Janja com as viagens feitas a outros países têm sido alvo de fortes críticas da oposição. Nesta semana, voltou a ser criticada pela viagem ao Japão uma semana antes de Lula, sem que houvesse uma agenda oficial. Ela pegou carona com a equipe de assessores que chegam antes do presidente nas viagens oficiais.

“Eu defendo, sim, que tenha um ponto de um cargo honorífico. Ela não vai receber nada e que seja isso legalizado, porque é importante para que ela possa prestar contas, falar. Eu não vejo problema nenhum. E acho que é importante ela ter condições de atuar, ela é a companheira do presidente da República, ela tem um peso social importante”, disse Gleisi nesta sexta-feira (21), em entrevista à CNN.

A ministra responsável pela articulação política ainda disse que os bolsonaristas “não têm moral para ir para cima” de Janja. “Acho muita injustiça. E claro, tem um peso muito grande de machismo, enfim”, completou.

Após cobranças por mais transparência acerca dos eventos com sua participação, a esposa de Lula chegou a divulgar sua agenda em sua conta pessoal no Instagram, mas na semana ada optou por trancar o perfil, depois de sofrer ataques machistas.