BRASÍLIA — Jair Bolsonaro (PL) e Valdemar Costa Neto retomaram contato em um almoço nesta quarta-feira (12) nas instalações do Partido Liberal em Brasília, e, após o encontro, repetiram a intenção de manter o ex-presidente como candidato nas eleições de 2026.
Inelegível até 2030 por duas decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Bolsonaro não pode concorrer ao pleito, mas descartou a possibilidade de “emprestar o capital político” a outro candidato. Um dos nomes cotados é do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
“Por enquanto, sou candidato. Os outros candidatos, Gusttavo Lima, Ronaldo Caiado, Romeu Zema… Eles têm seus partidos. Acho até que seria bom que cada partido lançasse seu candidato e, no segundo turno, se unissem”, avaliou o ex-presidente.
Ele ainda refutou as críticas e as cobranças dirigidas a ele para definir uma candidatura que seja viável para concorrer à eleição — indicando Tarcísio ou até o filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). “Por que tenho que abrir mão do meu capital para apoiar alguém? Eu não tenho que abrir mão. Vou esperar o momento certo. Tenho uma experiência que ninguém tem”, declarou.
Ainda sobre Tarcísio, Bolsonaro declarou que mantém conversas constantes com o governador de São Paulo. “Estive com ele ontem. Só não dormi com ele ontem. Comemos uma pizza juntos, conversamos bastante…”, brincou. O encontro com Valdemar terminou com cobranças recorrentes nas declarações públicas de Bolsonaro.
Ele criticou a delação premiada do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, que o incrimina no inquérito sobre uma trama golpista, segundo a Polícia Federal (PF), e também insistiu na necessidade de aprovação do Projeto de Lei (PL) que anistia os presos pelos atos de 8 de janeiro de 2023.
Alexandre de Moraes autoriza contato entre Valdemar e Bolsonaro
Principal nome do PL, Jair Bolsonaro pôde encontrar com o presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, nesta quarta-feira (12), após o ministro Alexandre de Moraes, do STF, liberar o contato entre eles. A expectativa é que eles tornem a aparecer juntos no domingo (16), quando o partido liderará um ato em Copacabana, no Rio de Janeiro, pelo projeto da anistia.
Bolsonaro e Valdemar estavam proibidos de manter contato. A medida afetava todos os investigados pela Polícia Federal (PF) no âmbito do inquérito da tentativa de golpe de Estado. A restrição caiu nessa terça-feira (11).