BRASÍLIA - Alexandre Padilha assumiu nesta segunda-feira (10) o Ministério da Saúde, em cerimônia no Palácio do Planalto, no lugar de Nísia Trindade. Ele deixou a articulação política do governo com o desafio de ampliar o o da população a especialistas no Sistema Único de Saúde (SUS).
Em seu discurso, o ministro destacou que uma das prioridades será reduzir o tempo de atendimento no sistema público para diagnóstico e tratamento, especialmente para pacientes com câncer. "Volto com uma obsessão. Reduzir o tempo de espera para atendimento especializado no SUS", disse.
"Vamos enterrar a Tabela SUS. Pagaremos mais e melhor para que atendimento especializado que aconteça no tempo correto", acrescentou. Ele lembrou também o "negacionismo", nas palavras dele, que imperava na pasta durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro e apontou o reforço do programa de imunização como uma das prioridades de sua gestão.
Ex-ministra da Saúde discursou em evento de posse de Padilha
Nísia Trindade esteve presente no evento e, em seu discurso, lamentou a campanha "sistemática e misógina" feita contra a gestão dela no cargo. "Não devemos aceitar como natural comportamento político dessa natureza", destacou.
Lula demitiu Nísia Trindade, no último dia 25, depois de um processo de fritura. Em entrevista, o presidente justificou a demissão dizendo que o governo precisava de mais “agressividade”.
"A Nísia é uma companheira da mais alta qualidade, minha amiga pessoal, mas eu estou precisando de um pouco mais de agressividade na política, que o governo tem que aplicar mais agilidade, mais rapidez e, por isso, estou fazendo algumas trocas", ressaltou.
Padilha já foi ministro da Saúde no governo Dilma
Médico infectologista, Padilha foi titular do Ministério da Saúde entre janeiro de 2011 a fevereiro de 2014, durante o governo de Dilma Rousseff (PT). Na época, ele deixou o cargo para concorrer ao governo de São Paulo nas eleições de 2014.
Padilha ainda atuou como secretário municipal de Saúde de 2015 a 2017, durante a gestão de Haddad na Prefeitura de São Paulo. A escolha de Lula também foi interpretada como uma vitória para Haddad.