ELEIÇÕES

Pesquisa mostra Lula à frente de Bolsonaro, Tarcísio e Nikolas, mas em desvantagem para 2º turno

A Pesquisa CNT de Opinião, divulgada nesta terça-feira (25), mostra intenções de voto tanto no cenário espontâneo, quanto no estimulado, se as eleições fossem realizadas hoje

Por Lucyenne Landim
Atualizado em 25 de fevereiro de 2025 | 12:32

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria vitória nas urnas sobre nomes de direita, incluindo o do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), se as eleições fossem realizadas hoje e não exigissem um mínimo de 50% dos votos em primeiro turno. O jogo, no entanto, viraria em um eventual segundo turno, com Bolsonaro mostrando vantagem à frente de Lula.

A informação consta na Pesquisa CNT de Opinião divulgada nesta terça-feira (25) pela Confederação Nacional dos Transportes.

A vantagem de Lula em um eventual primeiro turno foi apresentada na pesquisa espontânea, quando não são apresentadas opções de nomes. Nesse cenário, o petista teria 23,5% das intenções de voto. Já Bolsonaro, que está inelegível até 2030, ficou com 19,6% das intenções.  

Os outros nomes da direita citados pelos entrevistados foram o do governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (1,8%), do ex-coach Pablo Marçal (0,9%) e do deputado federal Nikolas Ferreira (0,9%), Outro nome mencionado foi o de Ciro Gomes (0,8).  

Ainda assim, a parcela indecisa é maior e atinge a marca de 40,8%. Um grupo de 7,8% dos eleitores votaria branco ou nulo e outro, que representa 3,8% dos entrevistados, votaria em outras opções de candidatos. 

Lula também teria vantagem sobre Bolsonaro na pesquisa estimulada, quando as opções de nomes são apresentadas aos entrevistados. Nesse caso, porém, o resultado mostra um empate técnico pela margem de erro, que é de 2,2%.  

Na estimulada, Lula tem 30,3% das intenções de voto, enquanto Bolsonaro fica com 30,1%. Ciro Gomes (9,8) e Pablo Marçal (6,7%) vêm em seguida. Outros nomes foram apresentados nesse cenário: os governadores de Goiás, Ronaldo Caiado (3,5%) e de Minas Gerais, Romeu Zema 2,7%). 

Os entrevistados também responderam a opções que não tinham Bolsonaro. Em um cenário em que Tarcísio seria a opção da direita, o governador ficaria em terceiro lugar com 14%. À frente dele estariam Lula (30,4%) e Ciro Gomes (14,3%).  

O ranking seria semelhante com o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) como opção pela inelegibilidade de Jair Bolsonaro. Eduardo continuaria em terceira posição, 13,1%, atrás de Lula (31,1%) e Ciro Gomes (13,2%).

Ciro tomaria a frente no cenário sem Lula e sem Bolsonaro. Nesse caso, ele aparece na liderança com 19,7% das intenções de voto. Como opção da esquerda, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ficaria em segundo lugar, com 13,2%. Em terceiro, Tarcísio de Freitas (14,4%).

Segundo turno

Quatro cenários foram apresentados na pesquisa para um eventual segundo turno. Na disputa direta entre Lula e Bolsonaro, 43,4% dos entrevistados votariam no ex-presidente, enquanto as intenções de voto no petista somam 41,6%.  

Lula ganharia de Tarcísio, ficando com 41,2% contra 40,7% do governador. Bolsonaro também ganharia de Haddad, com placar de 43,1% a 39,4%. O ministro da Fazenda ainda perderia para o governador de São Paulo. Nesse último cenário, Tarcísio teria 38,3%, enquanto Haddad 37,3%.

Preferência de voto

Entre os entrevistados, 35,1% votariam em um candidato que não seja ligado nem a Lula, nem a Bolsonaro. Mas 30,7% preferem votar em Bolsonaro ou em um candidato ligado ao ex-presidente. No caso de Lula ou de um nome ligado ao petista, o índice é de 29,4%.

A maioria dos entrevistados, ou 64,8%, afirmou que Lula não merece ser reeleito para um novo mandato de quatro anos. Apenas 31,7% gostariam da reeleição do petista.

Nas eleições de 2026, Lula terá 80 anos e 43,6% não tem a idade como um fator relevante para o voto. Por outro lado, 36,2% têm a idade como um problema e gostariam de um líder mais jovem, enquanto 17,3% disseram que a idade é uma vantagem e que valorizam líderes mais experientes.

Pesquisa

A 163ª Pesquisa CNT de Opinião foi realizada entre os dias 19 e 23 de fevereiro. Foram entrevistadas 2.002 pessoas. A margem de erro é de 2,2% e o nível de confiança, de 95%.