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Bolsonaro critica Marcos Pontes por candidatura à presidência do Senado: ‘Esse é meu pagamento?’
Ex-presidente afirmou que o astronauta só foi eleito ao Senado por causa do apoio dele: “Eu elegi você em São Paulo”
BRASÍLIA – O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez duras críticas ao senador Marcos Pontes (PL-SP) por se lançar à presidência do Senado Federal. A eleição acontece em 1º de fevereiro.
“Marcos Pontes, que está disputando a presidência, boa sorte a você. Mas eu lamento você estar nessa situação, porque você sabe que não tem como ganhar. O voto é secreto e se embarcarmos na sua candidatura, que acho muito melhor que outras aí, nós vamos ficar sem comissões”, afirmou Bolsonaro.
Ele ainda disse que Marcos Pontes, que foi seu ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, lhe deve a eleição ao Senado, e cobrou por isso. “Eu elegi você em São Paulo. Deixei de lado lá o meu amigo Marcos Feliciano, com uma dor no coração enorme, para te apoiar. Esse é meu pagamento?”.
“Agora pega mal para todos nós, né? Boa sorte a você, mas não é um trabalho em equipe. Estamos de olho em 2026, fortalecer o Senado Federal. Você tem votado conosco sem problema nenhum, mas esse momento agora é outro momento, mudou o clima, olha o que estamos ando, o que estamos sofrendo”, prosseguiu o ex-presidente.
Bolsonaro deu as declarações durante uma live do portal Auriverde. O PL, do qual é o presidente de honra, declarou apoio a Davi Alcolumbre (União-AP) na disputa pela presidência do Senado. Ele também tem os apoios do PT, PP, PSD, PDT, PSB, MDB e União Brasil. Juntos, esses partidos têm 69 dos 81 senadores.
Em uma tentativa de atrair os demais aliados de Bolsonaro, Marcos Pontes divulgou carta se comprometendo a levar adiante processos de impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), uma bandeira do bolsonarismo, que mira principalmente Alexandre de Moraes, responsável por ações contra o ex-presidente.
O astronauta Marco Pontes recebeu 10,7 milhões de votos nas eleições de 2022, em que cada estado escolheu apenas um senador para representá-lo – em 2026 serão dois. Ele não havia se pronunciado sobre as falas do ex-presidente até a publicação deste conteúdo.