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‘Não sei como não foram processados como genocidas’, diz Lula sobre governo Bolsonaro
Presidente criticou falas de seu antecessor durante a pandemia e associou derrota na MF, em 2007, ao SUS
BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se referiu a autoridades do governo Jair Bolsonaro como “genocidas” por terem proferido discursos que questionavam a vacinação contra a covid-19 durante a pandemia.
Nesta quarta-feira (11), ele discursou na cerimônia de entrega da medalha Oswaldo Cruz, no Palácio do Planalto. Neste ano, a premiação contemplou pessoas que atuam pela vacinação no país.
“Eu não sei porque algumas pessoas que falaram contra a vacinação ainda não foram processadas como genocidas nesse país. Porque pelo menos 400 mil pessoas poderiam ter sido salvas se a gente tivesse, no governo, alguém que tivesse o mínimo de respeito pelo ser humano", disse Lula.
O petista ainda fez referência direta ao ex-presidente Jair Bolsonaro e a ministros da gestão, assim como lideranças bolsonaristas no Congresso Nacional.
"Nunca pensei em viver um momento da história do Brasil em que você tinha uma linguagem oficial do presidente da República, de ministros da Saúde, de médicos com mandato de deputado, com personalidades públicas tendo a desfaçatez de inventar mentiras contra a vacinação. Me parece que essa gente não viveu no nosso tempo".
No mesmo discurso, o presidente lembrou a derrota sofrida no Congresso em 2007, durante seu segundo mandato, em que foi derrubada a MF, um imposto que incidia sobre todas as transações financeiras feitas por cidadãos. Lula considera o fim do tributo um prejuízo para a educação.
“Não esqueço nunca quando tiraram o imposto sobre transações financeiras, que tirou do governo R$ 40 bilhões em 2007 apenas com o intuito de prejudicar o governo naquela época. Estava prejudicando os milhões de mulheres, crianças e homens que precisavam do SUS. [...] E de lá pra cá tentamos várias vezes criar algum mecanismo que gerasse mais dinheiro pro SUS”, declarou.
Foram homenageados com a medalha Oswaldo Cruz: a primeira-dama, Janja da Silva; a ministra da Saúde, Nísia Trindade; a cantora Xuxa Meneghel; o cientista Átila Iamarino; e a ex-ginasta Daiane dos Santos, entre outros.