Haddad avalia alta do dólar e elogia intervenção do Banco Central

BRASÍLIA — O ministro Fernando Haddad participou da nomeação de Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central do Brasil na tarde de segunda-feira (30). Após a cerimônia no Palácio da Alvorada, ele avaliou a alta do dólar no país e elogiou a intervenção da autarquia monetária, ainda chefiada por Roberto Campos Neto, para contenção da moeda.

“O câmbio não é fixo no Brasil, né? E o dólar termina o ano muito forte no mundo todo”, analisou. “Mas, penso que as intervenções do Banco Central foram corretas no sentido de afastar um pouco, de dar liquidez para quem estava eventualmente fazendo remessas, enquanto o mercado processava as informações a respeito das medidas fiscais”, afirmou. “Então, penso que foi um movimento correto do Banco Central”, concluiu.

O dólar terminou a segunda-feira, no último pregão do ano, cotado a R$ 6,177. O câmbio bateu recordes em dezembro, e o Banco Central interviu com leilão de dólares. Foram 14 operações intervencionistas, e, apesar disso, a moeda termina ano com alta de 27,36% frente o real. Essa é a maior oscilação desde 2020.

Nesta segunda-feira, Lula nomeou o novo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, que substituirá Roberto Campos Neto, e também os diretores que ocuparão as cadeiras desocupadas nas diretorias de Política Monetária, de Relacionamento e de Regulação. Com as trocas, a partir de quarta-feira (1º), Lula ará a responder por sete dos nove indicados que ocupam as diretorias do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC.

A formação ficará da seguinte maneira:

• Ailton Aquino (Fiscalização) 
• Gabriel Galípolo (presidente do Banco Central) 
• Paulo Picchetti (Assuntos Internacionais e Gestão de Riscos Corporativos) 
• Rodrigo Teixeira (istração) 
• Gilneu Vivan (Regulação) 
• Izabel Correa (Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta) 
• Nilton David (Política Monetária)