O presidente do Congresso Nacional e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), anunciou na segunda-feira (8) que as grades de proteção que cercam a sede do Parlamento, em Brasília (DF), serão retiradas. O plano é fazer a retirada ainda nesta terça-feira (9). As barreiras eram usadas somente em ocasiões específicas, mas estão de forma fixa desde o 8 de janeiro de 2023, quando houve a invasão e a depredação das sedes dos Três Poderes.

"Há um ano nós temos essas grades que cercam o Congresso Nacional, impostas pelas circunstâncias do que vivemos no triste 8 de janeiro. Um ano após essa tragédia democrática, é chegada a hora de retirar essas grades e abrir o Congresso para o povo brasileiro para que todos tenham a compreensão de que esta é a Casa deles, é a Casa de representantes eleitos, onde as decisões para o rumo do Brasil devem ser tomadas", disse.

Bloqueios com gradis viraram parte do cenário dos prédios públicos na capital federal por conta de manifestações dos últimos anos. No Palácio do Planalto, onde fica a sede istrativa do governo federal, as grades foram retiradas em maio de 2023, após dez meses instaladas no local. Na mesma época, foram retiradas as barreiras do Palácio Itamaraty, que abriga o Ministério das Relações Exteriores.

Também em maio, integrantes do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) retiraram as grades e blocos de concreto da via de o aos Palácios da Alvorada e do Jaburu, que são, respectivamente, as residências oficiais do presidente da República e do vice.

Já o Supremo Tribunal Federal (STF), um dos órgãos mais afetados pela destruição do 8 de janeiro, continua cercado com grades. Não há previsão de retirada dos bloqueios nesse prédio, alvo de intensos protestos por opositores nos últimos anos.

O anúncio da retirada das grades do Congresso foi feito no evento de um ano do 8 de janeiro, convocado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que reuniu chefes de Poderes no Parlamento. Todas as autoridades presentes repudiaram de forma veemente o vandalismo praticado e defenderam que não haja perdão a quem ataca a democracia.