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Candidatura de Hugo Motta à presidência da Câmara agrada alto escalão do PL
Ex-presidente Jair Bolsonaro e presidente do partido, Valdemar Costa Neto, devem manifestar apoio a Motta na reunião da bancada nesta quarta-feira (30)
BRASÍLIA — A candidatura de Hugo Motta (Republicanos-PB) à presidência da Câmara dos Deputados agrada o alto escalão do PL, que discutirá o apoio da bancada ao líder do Republicanos em reunião nesta quarta-feira (30) em Brasília. Estarão presentes dois dos nomes mais importantes do PL, que têm indicado a aliados uma preferência por Motta — são o presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele também agrada ao líder do PL na Câmara, deputado Altineu Côrtes (RJ).
A decisão sobre o apoio do PL será definida a partir de um consenso entre os mais de 90 deputados que compõem a bancada do partido — e que é a maior da Câmara. A tendência é que os parlamentares sigam a opinião de Bolsonaro e Valdemar.
Motta evita polêmica em relação ao PL da Anistia, e Lira protege aliado
O Projeto de Lei (PL) para anistiar os presos pelos atos do 8 de Janeiro era tratado como o ponto central para a construção de apoios em torno de Hugo Motta. A bancada do PL exigia uma garantia de que a proposta fosse pautada e tramitasse para apoiar Motta. O PT queria o contrário.
A solução para evitar a indisposição de Motta com as duas bancadas foi construída pelo atual presidente Arthur Lira (PP-AL), que, nesta terça-feira (29), manifestou publicamente o apoio à candidatura do líder do Republicanos. Lira instalou uma comissão especial para discutir o PL da Anistia. A posição satisfez o PL, que acredita na discussão do assunto, e também o PT, para quem a proposta esfriará com a manobra de Lira.
Nesta terça-feira, o presidente da Câmara disse que o projeto de lei não pode ser usado como moeda de troca. “O tema deve ser debatido pela Casa, mas não pode, jamais, pela sua complexidade, se converter em devido elemento de disputa política, especialmente no contexto das eleições futuras para a mesa diretora da Câmara”, afirmou.
Motta seguiu o tom de Lira. “Misturar um tema tão importante e complexo com a eleição para a mesa diretora não é justo”, declarou depois que a bancada do Republicanos o confirmou como o nome do partido à presidência. “Sempre tenho defendido o equilíbrio, o distensionamento e a convergência. Teremos a cautela necessária para conduzir essas matérias”, acrescentou. Motta evitou dar uma resposta assertiva sobre o assunto. Ele disse que é importante debater o PL da Anistia e corrigir “injustiças” cometidas contra pessoas que participaram dos atos do 8 de Janeiro. Mas, também classificou os ataques como “triste episódio de agressão às instituições democráticas do país”.