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Funcionários da Cemig protestam contra mudanças no plano de saúde da empresa
De acordo com sindicato, proposta apresentada pela direção da estatal encareceria o benefício e impediria que servidores em o plano
Trabalhadores da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) realizaram, nesta quinta-feira (20 de fevereiro), um protesto em frente à sede da estatal, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, em razão da proposta de reajuste apresentada pela Direção Executiva do Cemig Saúde ao Conselho Deliberativo da Cemig Saúde. A medida forçaria a migração dos servidores para um plano de saúde mais caro e com menos benefícios, segundo o Sindieletro, que organizou a manifestação.
Os funcionários da Cemig ainda relatam supostos assédios morais e intimidações dentro da estrutura da empresa pública para que haja mudança no plano de saúde. Um documento contendo as denúncias foi entregue ao presidente da Comissão do Trabalho da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), deputado estadual Betão (PT).
Betão afirma que uma audiência pública será convocada para que representantes da Cemig expliquem a situação. "Mais um ataque à categoria que trata agora do plano de saúde dos atuais servidores e dos aposentados. Vamos receber (as denúncias) em formato de audiência para que a gente coloque a situação, deixar claro aqui na Assembleia e apoie a mobilização dos trabalhadores", diz o deputado.
O sindicato afirma que foi apresentada pela estatal, sem negociações, uma proposta de aumento de 60,5% na tabela mensal de contribuição dos beneficiários e dependentes especiais, além do reajuste de 6,54% na contribuição das patrocinadoras do plano de saúde. Também há proposta de alteração do regulamento do plano, excluindo a contribuição das patrocinadoras e determinando que o valor de R$ 1.045,98 seja pago pelos beneficiários.
“É uma luta por sobrevivência. O que estará em jogo será a vida de milhares de pessoas em contraposição à oportunidade dos executivos e acionistas da Cemig de receberem milhões de reais pelo calote das obrigações com a assistência à saúde dos trabalhadores ativos e aposentados da Cemig” afirma o diretor-geral do Sindieletro, Emerson Andrada.
Ele chega a dizer que há uma vontade do governo Zema de "extinguir" o plano de saúde dos trabalhadores, sobretudo os aposentados.
A proposta apresentada pelo Conselho da Cemig será votada nesta quinta-feira e a ideia, de acordo com o Sindieletro, é estabelecer custos mais altos para os beneficiários do plano de saúde, o que, segundo o sindicato, faria com que muitos trabalhadores deixassem de poder custeá-lo.
A reportagem questionou a Cemig sobre as alegações do sindicato e a empresa encaminhou uma nota ao mercado. A empresa declarou que uma ação anulatória "determinou a cessação, a partir de 31.12.2023, da validade das cláusulas que determinavam a prorrogação automática por iguais e sucessivos períodos da cláusula 17ª do acordo coletivo de trabalho 2010 e cláusula 4ª do acordo coletivo de trabalho 2016, que se referem exclusivamente à garantia de cobertura das suas obrigações com pagamento de benefício pós-emprego do plano de saúde (PSI), incluindo os aposentados e empregados ativos". Nenhuma outra questão foi esclarecida.