-
‘Não somos bandidos’, diz Mourão a Moraes sobre se esconderia de Bolsonaro encontro com ministro
-
Pensão à filha de jovem morta em abordagem da PM levará advogado geral de Zema à ALMG
-
Deputado chama Lula de ‘ladrão’ e leva bronca de Lewandowski: ‘um líder respeitado mundialmente’
-
Comitiva de Zema em El Salvador será paga pelo Estado
-
Moraes ameaça prender Aldo Rebelo por desacato
Após eleição, Solidariedade é 1º partido aliado a fazer indicação para equipe de Fuad
Siglas começam a se movimentar para negociar secretarias no novo mandato do prefeito Fuad Noman (PSD)

As movimentações para compor as secretarias do próximo mandato do prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), começaram a engrenar na semana ada, logo após a reeleição. Representante do Solidariedade, uma das 13 legendas que apoiaram o candidato, além do partido dele, no primeiro e segundo turnos, tem reunião agendada com Fuad nesta quarta-feira.
O presidente do diretório municipal do Solidariedade, deputado estadual Wendel Mesquita, confirmou ter uma indicação: do ex-vereador e ex-subsecretário de Estado de Esportes, José Francisco Filho, o Pelé do Vôlei, para o comando de uma pasta. À coluna Aparte, Wendel considerou justa a indicação, destacando que o partido apoiou a reeleição do prefeito desde o início da campanha, mesmo sem espaço na istração, sendo aliado de primeira hora.
Fuad tenta emplacar, pela terceira vez, uma reforma istrativa na PBH. Em 2022, uma proposta foi enviada à Câmara Municipal para a criação de uma secretaria com até 500 cargos comissionados. Em março de 2023, ela seria votada em segundo turno, mas foi retirada da pauta por falta de apoio.
Poucos meses depois, a prefeitura reenviou o texto de uma minirreforma, desta vez fatiada em três projetos para criação de três secretarias na tentativa de facilitar a aprovação. O custo anual seria de R$ 23,1 milhões só com despesa de pessoal. As propostas ficaram paradas nas comissões parlamentares.
Agora, o envio da reforma istrativa ocorre em meio às articulações para a presidência da Câmara Municipal. Atualmente, o Executivo tem 14 secretarias municipais, e a proposta de Fuad é de criar mais quatro, além de duas coordenadorias, novos conselhos e mais de cem cargos. A nova estrutura deve custar R$ 49,9 milhões por ano aos cofres municipais só com despesa de pessoal.
Paralelamente, também há conversas para incluir nas mudanças os partidos que compam a chapa à reeleição do prefeito – além do PSD, a coligação teve o União Brasil, PRD, Solidariedade, Avante, PSDB, Cidadania e PSDB. Legendas como o PT, o PCdoB, o PV, o PSOL, a Rede e o PDT embarcaram no 2º turno.
Osvander Valadão, presidente estadual do PV, legenda hoje no comando da Secretaria de Meio Ambiente e da Superintendência de Praças, Parques e Jardins, confirmou que a sigla segue no governo. O dirigente lembrou que o partido se posicionou a favor de Fuad já no 1º turno.
O Partido Verde integra a federação PT/PCdoB/PV, que lançou o candidato petista Rogério Correia na disputa. Valadão disse que ainda não houve conversa com Fuad sobre o próximo mandato, mas avaliou que Gelson Leite poderia continuar como secretário de Meio Ambiente. “Está fazendo um bom trabalho.”
Articulador estadual da Rede, Paulo Miranda confirmou que o partido continuará a integrar o governo Fuad, mas que não pleiteará nenhuma pasta específica. Já o deputado federal Reginaldo Lopes (PT) disse à coluna que aprova a entrada do partido no governo.
A vereadora mais votada do PSOL em BH, Iza Lourença, disse que o partido não foi procurado e que não pretende compor a base do governo. “Apoiei o Fuad por questão estratégica, contra (Bruno) Engler, mas pretendo manter total independência”.
Já Claudiney Dulim (Avante), ex-secretário de Relações Institucionais de Fuad, confirmou que o partido tem interesse em integrar a prefeitura novamente. Representantes do PSD, União Brasil, PRD, PDT e da Federação PSDB/Cidadania foram procurados, mas não retornaram os contatos.
Com colaboração de Letícia Fontes