'Raquel é uma grande homenagem às mulheres', diz Taís Araújo sobre personagem de 'Vale Tudo'

Na pele de Raquel Acioli no remake de “Vale Tudo”, Taís Araújo por pouco não entrou no elenco da novela. Ela conta que, em uma conversa com José Luiz Villamarim, diretor de teledramaturgia da Globo, pediu para interpretar uma vilã em um novo trabalho e que ele lhe ofereceu o papel da protagonista interpretada por Regina Duarte em 1998. Em um primeiro momento, a atriz recusou o papel, mas mudou de ideia pouco tempo depois e aceitou viver aquela que ela define como “a maior heroína de todos os tempos”. 

“Personagens boas são aquelas que têm conflitos, e a Raquel só tem conflito; tem uma jornada do herói, tem uma escalada. Enfim, é uma personagem muito bem-escrita. Eu poderia dizer que é quase a personagem perfeita em termos de personagem, de dramaturgia, de arco”, afirma Taís, que diz não sentir qualquer peso por interpretar Raquel. 

“Claro que é uma responsabilidade imensa, porque essa é a novela das novelas. Mas é uma honra tão grande! Acho que a honra e a responsabilidade estão lado a lado, mas traz uma honra muito gigantesca, fico muito feliz”, garante. 

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Taís também cita o que acredita ser a diferença entre a versão original e a nova “Vale Tudo”: “A gente está remontando, a gente não está refazendo. E as remontagens têm as nossas identidades, têm os nossos pensamentos, têm as nossas críticas. A novela é a mesma, mas não é a mesma porque é feita por outras pessoas”, diz.

“Eu acho que comparação sempre vai ter, gente! Mesmo com coisas tão distintas, porque também a experiência de uma mulher preta é muito diferente de uma mulher branca no mundo. Sem falar que, a partir daí, a gente já vai ter outra história”, observa. “O que eu poderia dizer é que a Raquel que eu faço é uma grande homenagem e representação das mulheres que constroem esse país, que estão na base da pirâmide desse país, em contraponto com a Odete Roitman, que está no topo”, finaliza.