Belo Horizonte deixou de ser a capital com maior inflação do país, depois de registrar um Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 0,17% em maio de 2025 - ante a média de 0,26% no Brasil. Apenas Campo Grande, Porto Alegre e São Paulo registraram indicadores menores no mês ado, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A queda nos preços de alimentos importantes da cesta básica, como tomate e ovos, e nos combustíveis (gasolina e etanol), contribuiu para que a inflação ficasse abaixo das expectativas do mercado.
Agora, a variação acumulada em 12 meses ficou em 5,63% em Belo Horizonte e região - ainda maior do que a média nacional, calculada em 5,32%. Entre janeiro e abril de 2025, a RMBH estava no topo do ranking de maior IPCA acumulado em 12 meses. Mas agora Campo Grande, São Paulo e Goiânia estão com acumulados maiores que a capital mineira e seu entorno.
Na RMBH, sete dos nove grupos apresentaram variações positivas: Habitação (1,51%), Comunicação (0,51%), Despesas pessoais (0,47%), Saúde e cuidados pessoais (0,27%), Alimentação e bebidas (0,26%), Educação (0,18%) e Vestuário (0,18%). Dois grupos apresentaram deflação: Transportes (-1,06%) e Artigos de residência (-0,25%).
No grupo Habitação (1,51%), a energia elétrica residencial (3,67%) provocou o maior impacto individual positivo no índice em maio: 0,14 ponto percentual (p.p.), por causa da vigência da bandeira tarifária amarela no mês de maio - quando é adicionado R$1,885 na conta de luz a cada 100 KWh consumidos. A inflação deve continuar subindo nesse quesito, porque para o mês de junho está valendo a bandeira vermelha - patamar 1 - acréscimo de R$ 4,46 a cada 100 kW/h consumidos.
No grupo Alimentação e bebidas (0,26%), os destaques foram a batata-inglesa (+13,44%), o café moído (+4,70%) e o lanche (+0,97%). Do lado das quedas, se destacaram o tomate (-11,54%), a laranja-pêra (-11,38%) e o ovo de galinha (-5,15%).
No grupo Transportes (-1,06%), a gasolina caiu 3,04% e provocou o maior impacto individual negativo no índice, -0,17 ponto percentual. Também colaborou para a desaceleração da inflação a queda de 18,85% nas agens aéreas.
Veja quais são os 15 itens que mais subiram de preço em maio de 2025:
- Manga +14,07
- Batata-inglesa +13,44
- Cebola +12,59
- Transporte por aplicativo +5,57
- Café moído +4,70
- Pintura de veículo +4,52
- Despachante +4,52
- Correio +3,92
- Energia elétrica residencial +3,67
- Agasalho feminino +3,40
- Frango inteiro +3,34
- Colchão +3,33
- Oftalmológico +3,11
- Joia +2,90
- Músculo +2,89
Veja quais são os 15 itens que mais caíram de preço em maio de 2025:
- agem aérea -18,85
- Tomate -11,54
- Laranja-pêra -11,38
- Melancia -10,95
- Banana-d’água -10,76
- Laranja - lima -10,68
- Mamão -8,90
- Ovo de galinha -5,15
- Uva -4,01
- Máquina de lavar roupa -3,34
- Etanol -3,31
- Gasolina -3,04
- Bolsa -2,87
- Produto para pele -2,75
- Absorvente higiênico -2,50