A escritora da saga Harry Potter, J.K.Rowling, está gerando polêmica nas redes sociais por fazer novo comentário transfóbico, desta vez contra atleta cisgênero - que é acusada de ser trans - e que disputa a Olimpíada de Paris. Rowling já foi criticada no ado por expor opiniões consideradas preconceituosas contra o direito das pessoas transgêneros.
Nesta quinta-feira (1º de agosto), a autora chamou a boxeadora da argelina, Imane Khelif, de 'homem' em um comentário na rede X. Ela também disse não concordar com a luta que era contra a italiana Angela Carini.
"Assista a isso (tópico inteiro), depois explique por que você está OK com um homem batendo em uma mulher em público para seu entretenimento. Isso não é esporte. Do trapaceiro intimidador de vermelho até os organizadores que permitiram que isso acontecesse, isso são homens se deleitando com seu poder sobre as mulheres", escreveu J.K ao compartilhar o vídeo da luta na rede X.
Watch this (whole thread), then explain why you’re OK with a man beating a woman in public for your entertainment. This isn’t sport. From the bullying cheat in red all the way up to the organisers who allowed this to happen, this is men revelling in their power over women. https://t.co/u32FcDTy9p
A luta 443l1v
Imane Khelif lutou contra a Italiana nesta quinta-feira (1º de agosto), em um combate que durou apenas 46 segundos. Isso porque Angela Carini desistiu da competição na primeira rodada da categoria de até 66Kg no boxe feminino.
A luta gera polêmica porque Imane já tinha sido reprovada no teste de gênero, apesar de ser cisgênero e ter sido autorizada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) a lutar em Paris.
Em entrevista para a imprensa, após o fim da luta, a italiana garantiu que não desistiu da competição por causa situação de gênero da adversária, mas que sentia dores intensas no nariz, que a impediram de competir.
Outras polêmicas: 5d2q65
Esta não é a primeira fala transfóbica de J.K nas redes sociais. Em 2023, ela compartilhou uma imagem que dizia "repita conosco: mulheres trans são mulheres" e escreveu "não" em cima da publicação.
Ela também já disse que preferiria ir presa por dois anos se a alternativa fosse "discurso forçado" e "forças a negação da importância do sexo".
As declarações aconteceram na época em que o Partido Trabalhista da Inglaterra apresentaria um projeto com punições mais severas para abusos contra pessoas trans.