A ministra italiana Eugenia Roccella criticou a presença de atletas trans nas Olimpíadas de Paris. Ela deu declarações preconceituosas e polêmicas nesta quarta-feira (31 de julho).
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"É muito preocupante saber que, durante os Jogos Olímpicos de Paris, duas pessoas trans foram itidas nas competições de boxe feminino, [que são] homens que se identificam como mulheres, e que, em competições recentes, foram excluídos", afirmou.
A declaração foi feita um dia antes de a italiana Angela Carini enfrentar uma atleta trans, a argelina Imane Khelif. A participação da boxeadora, assim como da taiwanesa Lin Yu-ting, foi autorizada pelo COI (Comitê Olímpico Internacional).
Diretrizes do COI
Em 2021 o COI apresentou diretrizes para pessoas trans dentro do esporte. Um dos itens do documento é o de "não presunção de vantagem": "Até que as evidências determinem o contrário, os atletas não devem ser considerados como tendo uma vantagem competitiva injusta ou desproporcional devido às suas variações de sexo."
Quem é Eugenia Roccella?
A italiana Eugenia Maria Roccella foi escolhida para o cargo de ministra da família, natalidade e igualdade do governo de Giorgia Meloni. A política já foi ministra da Saúde no governo Berlusconi IV . Na década de 1970 aderiu ao Movimento pela Libertação da Mulher, fundado em Roma por um grupo feminista, com posições contra o aborto.