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Quando o aquecimento começou no futebol?

O aquecimento pré-jogo tornou-se parte fundamental do futebol moderno.

Por Lance
Publicado em 24 de maio de 2025 | 07:39

No futebol atual, é comum ver jogadores realizando exercícios de aquecimento antes de entrarem em campo. Essa prática, que visa preparar o corpo para a intensidade do jogo, nem sempre fez parte da rotina dos atletas. A introdução do aquecimento no futebol é relativamente recente e está ligada à evolução do entendimento sobre preparação física e prevenção de lesões. Quando o aquecimento começou no futebol? O Lance! te explica.

Quando o aquecimento começou no futebol? Entenda a origem dessa prática essencial

Historicamente, os jogadores entravam em campo sem uma preparação específica, o que aumentava o risco de lesões e comprometia o desempenho nos primeiros minutos de jogo. Com o tempo, treinadores e preparadores físicos começaram a perceber a importância de preparar o corpo para as exigências do futebol, especialmente em competições de alto nível.

A adoção do aquecimento como parte integrante da preparação pré-jogo reflete a crescente profissionalização do esporte e a busca por métodos que otimizem o desempenho dos atletas. Hoje, o aquecimento é considerado essencial não apenas para o preparo físico, mas também para o foco mental dos jogadores.

A origem do aquecimento no futebol

A prática do aquecimento no futebol começou a ganhar destaque na década de 1950, com a seleção húngara sendo uma das pioneiras. Sob o comando do técnico Gusztáv Sebes, a equipe realizava exercícios no campo antes das partidas, enquanto os adversários ainda estavam nos vestiários. Essa estratégia visava não apenas preparar fisicamente os jogadores, mas também intimidar os oponentes e impor um ritmo forte desde o início do jogo.

O sucesso da Hungria, que conquistou a medalha de ouro nas Olimpíadas de 1952 e venceu a Inglaterra por 6 a 3 em Wembley em 1953, chamou a atenção do mundo para a importância do aquecimento. A partir daí, outras seleções e clubes começaram a incorporar rotinas de aquecimento em sua preparação pré-jogo.

Com o avanço da ciência do esporte, o aquecimento ou a ser estudado e aprimorado, levando ao desenvolvimento de métodos específicos para diferentes modalidades e níveis de competição.

A importância no futebol moderno

Atualmente, o aquecimento é uma etapa fundamental na preparação dos jogadores de futebol. Ele tem como objetivos principais:

  • Aumentar a temperatura corporal e muscular: Melhora a elasticidade dos músculos e a eficiência das contrações musculares.
  • Estimular o sistema cardiovascular: Prepara o coração e os pulmões para a atividade intensa.
  • Melhorar a coordenação motora: Facilita a execução de movimentos complexos durante o jogo.
  • Reduzir o risco de lesões: Prepara músculos, tendões e articulações para o esforço físico.
  • Aumentar o foco e a concentração: Ajuda os jogadores a entrarem no estado mental adequado para a competição.

Além disso, o aquecimento pode ser adaptado para atender às necessidades específicas de cada jogador, posição ou estratégia de jogo, tornando-se uma ferramenta versátil na preparação das equipes.

Evolução das técnicas

Com o ar dos anos, as técnicas de aquecimento no futebol evoluíram significativamente. Inicialmente, consistiam em corridas leves e alongamentos estáticos. Hoje, incluem exercícios dinâmicos, jogos reduzidos, simulações de situações de jogo e até mesmo atividades lúdicas para engajar os atletas.

Programas como o “FIFA 11+” foram desenvolvidos para padronizar e otimizar o aquecimento, visando não apenas a preparação física, mas também a prevenção de lesões. Esses programas são baseados em evidências científicas e são amplamente utilizados por clubes e seleções ao redor do mundo.

A personalização do aquecimento, considerando fatores como idade, nível de condicionamento e histórico de lesões, também se tornou uma prática comum, demonstrando a importância atribuída a essa etapa na preparação dos atletas.