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GP de Mônaco: Norris vence pela primeira vez em Monte Carlo; Bortoleto termina em 14º

Leclerc cruzou a linha de chegada em segundo, seguido por Piastri, que completou o pódio para a McLaren

Por Lance
Publicado em 25 de maio de 2025 | 11:59

Lando Norris venceu o GP de Mônaco, no Circuito de Mônaco, em Monte Carlo, na manhã deste domingo (25). Em uma prova que necessita de boas estratégias, o britânico e a McLaren se saíram melhor e conquistaram a corrida na Riviera sa. Charles Leclerc cruzou a linha de chegada em segundo, seguido por Oscar Piastri, que completou o pódio para a McLaren.

Gabriel Bortoleto viveu uma corrida tumultuada no GP de Mônaco, marcada por toques, estratégias confusas da Sauber e três paradas nos boxes. O brasileiro chegou a bater no muro após disputa com Antonelli, reclamou da escolha de pneus pelo rádio e terminou fora da zona de pontuação. Portanto, esta é a melhor posição do piloto na temporada de 2025, o 14º lugar.

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Como foi a corrida do GP de Mônaco?

Largada

Lando Norris largou bem em Mônaco. O britânico, que partiu da pole position, chegou a ser ameaçado por Charles Leclerc, mas manteve o ritmo e segurou a ponta. Gabriel Bortoleto acabou sendo atacado por Kimi Antonelli logo após uma ultraagem e foi parar no muro. O brasileiro reclamou pelo rádio, dizendo que foi empurrado para fora do traçado pelo italiano. A bandeira amarela foi acionada por conta do incidente e, na sequência, o safety car virtual foi ativado. Bortoleto, no entanto, conseguiu voltar à pista, e logo depois a bandeira verde foi agitada.

Yuki Tsunoda, Pierre Gasly, Oliver Bearman e Gabriel Bortoleto foram para os boxes. Gasly optou pelos pneus médios, enquanto os outros três colocaram compostos duros. Na frente, Lando Norris abriu 1s58 de vantagem para Charles Leclerc. Oscar Piastri perdeu contato com os dois primeiros e estava 5s3 atrás do companheiro de equipe. A direção de prova não investigou o lance entre Bortoleto e Antonelli.

Batida de Gasly em Tsunoda

No fim do túnel, Gasly acertou a traseira de Tsunoda. O francês errou o ponto de freada na saída e atingiu o veículo do japonês. Por conta do impacto, Tsunoda não conseguiu contornar a chicane e reclamou no rádio: “Esse cara é idiota?”. O pit lane ficou fechado por alguns minutos enquanto a Alpine tentava retirar o carro de Pierre. A bandeira amarela permaneceu acionada até a liberação do trecho. O lance será investigado após a corrida.

Na ponta, Verstappen pressionou Piastri e os dois disputaram a terceira posição. Mesmo assim, o australiano conseguiu se manter à frente. A essa altura, a diferença entre Norris e Leclerc era de apenas um segundo.

Lance Stroll e Oliver Bearman foram aos boxes, e Gabriel Bortoleto aproveitou para subir para a 15ª colocação. Logo depois, Lando Norris fez sua parada e Charles Leclerc assumiu a liderança provisória. Lewis Hamilton e Isack Hadjar também foram aos boxes na mesma janela. Na sequência, Max Verstappen herdou a ponta até a Ferrari chamar Leclerc para sua parada.

Aulas de estratégia da Racing Bulls e confusões na Sauber

A estratégia da RB foi elogiada tanto pela transmissão quanto nas redes sociais. Isack Hadjar, que estava no pelotão intermediário, se beneficiou do trabalho do companheiro Liam Lawson, que segurou o grupo que vinha atrás. Com isso, o francês conseguiu fazer sua segunda parada obrigatória e voltou à pista na mesma posição, com caminho livre. Agora, Hadjar pode seguir até o fim sem precisar parar novamente.

Na McLaren, Piastri quis saber qual era o plano para o restante da corrida. A equipe respondeu que o objetivo era manter a distância equivalente a um safety car em relação a Hamilton e, se possível, pressionar Leclerc. Enquanto isso, Verstappen foi aos boxes, calçou pneus médios e retornou à pista em quarto, logo atrás de Oscar.

A Sauber colocou pneus macios em Bortoleto, mesmo com quase 50 voltas restantes na corrida. O brasileiro não gostou da estratégia e reclamou pelo rádio: “Esses pneus são insanos!”. Pouco depois, parou novamente e trocou para os médios. Foram três paradas ao todo, o que comprometeu o desempenho de Gabriel na prova.

Bearman quase se complicou com Stroll na Rascasse, mas os dois conseguiram evitar o toque por muito pouco. Enquanto isso, Verstappen reclamava pelo rádio após uma troca de marchas: “Minhas trocas de marcha parecem com o GP de Mônaco de 1972!”.

Abandono de Alonso e a 'rebeldia' de Russell

Fernando Alonso teve um momento lento e tirou o carro da pista. Pouco depois, a bandeira amarela foi acionada. Segundo a Aston Martin, o abandono do espanhol aconteceu por conta de um problema no motor, encerrando prematuramente sua participação no GP de Mônaco.

Enquanto isso, nas primeiras colocações, Oscar Piastri ou por um susto ao derrapar na Sainte Devote e acertar levemente o muro com um dos pneus. Apesar do toque, o australiano da McLaren conseguiu seguir normalmente na prova, sem danos aparentes no carro.

Na parte intermediária do grid, George Russell cortou caminho para ultraar Alex Albon, conquistando a décima colocação. O engenheiro da Mercedes orientou o britânico a devolver a posição ao tailandês da Williams para evitar uma punição. No entanto, Russell foi direto: “Eu vou receber a punição”, preferindo manter a posição em vez de ceder a vantagem.

Toda decisão tem uma consequência, e a do Russell foi a punição

Na sequência, George Russell acabou punido e precisou cumprir um drive-through, ando pelos boxes. Kimi Antonelli chegou a repetir a manobra do britânico, cortando caminho na chicane, mas devolveu a posição logo em seguida para evitar sanções. Neste momento, a corrida ganhava tons de caos, com vários pilotos abusando dos limites e transformando a saída do túnel em um verdadeiro festival de cortes de chicane.

A Mercedes tentou adiar ao máximo a execução da penalidade, levando a situação ao limite. No rádio, Russell demonstrou clara insatisfação com a decisão: “Prefiro não comentar”. Pouco depois, o piloto cumpriu a punição e caiu na classificação.

O engenheiro de Lando Norris informou ao piloto que Max Verstappen pretendia esperar um possível safety car virtual para realizar sua parada e assim perder menos tempo nos boxes. Naquele momento, o britânico da McLaren ocupava a segunda colocação e estava 1s7 atrás do líder da prova, o holandês da Red Bull.

Parada de Verstappen e vitória de Lando Norris

Leclerc seguia colado em Norris e chegou a dizer pelo rádio que o piloto da McLaren estava lento. Ao mesmo tempo, a Williams ordenava a inversão de posições: Albon assumiu o nono lugar, enquanto Sainz aparecia em décimo. Verstappen, Norris e Leclerc seguiam próximos, formando o trio de ponta.

Max Verstappen foi o último entre os líderes a fazer sua parada — e deixou para a volta final. A Red Bull chamou o holandês para os boxes, mas ele perdeu três posições com a estratégia tardia. Com isso, Lando Norris assumiu a liderança nas voltas finais e garantiu sua primeira vitória no GP de Mônaco.

Charles Leclerc cruzou a linha de chegada em segundo, seguido por Oscar Piastri, que completou o pódio para a McLaren em uma prova estratégica e caótica nas ruas do Principado.