EM ROTA DE COLISÃO

No Mineirão, torcida do Cruzeiro 'se divide' sobre situação de Dudu; confira

Antes da partida com o Vila Nova-GO, pela Copa do Brasil, torcedores celestes falaram com O TEMPO Sports sobre uma possível saída do atacante da Raposa

Por Frederico Teixeira
Publicado em 01 de maio de 2025 | 20:22

O Cruzeiro estreia na Copa do Brasil nesta quinta-feira (1º), diante do Vila Nova-GO, mas o assunto da noite no Mineirão entre torcedores celestes antes da bola rolar era um só: a situação de Dudu.

Após entrevista em que afirmou não saber o motivo de ter perdido a condição de titular da equipe, o atacante foi afastado dos treinos na Toca da Raposa.

Mas a entrevista não foi o único motivo para o afastamento. O Cruzeiro não detalhou o que considera como "questões internas", mas, antes mesmo do afastamento, Dudu teria 'pedido a saída' do técnico Leonardo Jardim.  

Após reuniões entre a diretoria celeste e o staff do atleta, Dudu voltou a treinar com o grupo, mas não foi relacionado para a partida desta noite com o Villa Nova e dificilmente permanecerá no clube.

Oficialmente, as partes não confirmam, mas, nos bastidores, já estariam sendo acertados os termos para uma possível rescisão do contrato.

Dudu já teria despertado interesse de outras equipes, inclusive do arquirrival Atlético, pelo fato de já ter trabalhado com o técnico Cuca e vários outros jogadores na época de Palmeiras, como o lateral Caio Paulista, os volantes Gabriel Menino e Patrick e o atacante Rony.

Tal situação deixou a torcida celeste um pouco dividida. O engenheiro Guilherme Landim, de 28 anos, um dos primeiros torcedores a entrar no Mineirão nesta noite, apoia a decisão de afastamento do atacante.

"Sobre o Dudu, acho que foi a decisão certa. Jogador, antes de mais nada, tem que respeitar a decisão do técnico. Não tem que ir falar em entrevista, ficando expondo situações do clube. Nem queria mesmo que ele continuasse na equipe", destacou.

Guilherme Landim (foto abaixo) ressaltou que Gabriel Barbosa, que também perdeu a posição de titular da equipe, teve postura bem diferente. "Gabigol não vinha jogando e ficou tranquilo. E quando foi acionado, na Sul-Americana, entrou e fez bons jogos, sendo um dos melhores do time", comparou.



A opinião de Guilherme Landim era compartilhada pela maioria dos torcedores ouvidos pela reportagem de O TEMPO no Mineirão, mas também teve quem não concordasse com a decisão. O dentista Aloísio Dutra, de 48 anos, acredita que o clube poderia ter encontrado uma situação melhor.

"Na minha visão, faltou experiência para lidar com a questão do Dudu. Tecnicamente entendo que ele pode colaborar muito para o grupo. Penso que era possível contornar a questão de forma que o jogador seguisse no elenco e, ao mesmo tempo, a autoridade do treinador fosse mantida", afirmou.

Enquanto a polêmica de Dudu não tem um desfecho, o Cruzeiro mantém o foco em campo para o duelo com o Vila Nova, pela terceira fase da Copa do Brasil. A Raposa é a maior campeã do torneio, com seis títulos.