O glaucoma é uma das principais causas de cegueira irreversível. Caracterizada pelo aumento da pressão ocular, pode prejudicar o nervo óptico e, consequentemente, causar danos à visão. No entanto, a doença pode se desenvolver de maneira silenciosa.
Conforme o Dr. Abraão Ferreira de Sousa Neto Kós, oftalmologista e professor de Medicina da Faculdade Pitágoras, os sinais de alerta para o glaucoma podem ser sutis, mas o acompanhamento regular com um oftalmologista pode ajudar a prevenir danos irreversíveis à visão.
“O glaucoma é conhecido como a cegueira silenciosa, porque muitas vezes não há sintomas evidentes até que danos graves ao nervo óptico já tenham ocorrido. Por isso, é crucial realizar exames oftalmológicos regularmente, especialmente considerando fatores de risco, como histórico familiar ou pressão ocular elevada”, explica.
É importante estar atento aos seguintes sinais:
“O diagnóstico precoce do glaucoma pode ser feito por meio de exames simples, como a tonometria ocular (para medir a pressão intraocular), a campimetria visual (para avaliar o campo de visão) e a tomografia de coerência óptica (para analisar a saúde do nervo óptico)”, destaca o Dr. Abraão Ferreira de Sousa Neto Kós.
O Dr. Abraão Ferreira de Sousa Neto Kós ainda alerta para doenças que podem ser confundidas com o glaucoma por apresentar sintomas semelhantes, mas têm causas e tratamentos diferentes. Por isso, é importante diferenciar as condições:
A catarata causa embaçamento da visão, principalmente em pessoas mais velhas, e pode ser confundida com o glaucoma. No entanto, a condição afeta o cristalino do olho, enquanto o glaucoma afeta o nervo óptico devido ao aumento da pressão ocular.
A degeneração macular afeta a visão central e pode ser confundida com o glaucoma em seus estágios iniciais. A principal diferença é que a degeneração macular não causa perda da visão periférica, como no glaucoma.
A uveíte é uma inflamação que afeta as camadas do olho e pode causar dor, vermelhidão e alteração na visão. Embora possa causar aumento da pressão ocular, a uveíte não tem as mesmas consequências que o glaucoma, que provoca dano progressivo ao nervo óptico.
Algumas pessoas têm pressão ocular elevada, mas não desenvolvem o glaucoma. O acompanhamento regular com o oftalmologista é necessário para monitorar esses casos.
Por Camila Souza Crepaldi