O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) antecipou para 8 de fevereiro o julgamento da ação que acusa o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) de abuso de poder político, caixa dois e uso indevido dos meios de comunicação nas eleições de 2022. A data anterior de apreciação do caso era 19 de fevereiro.

Pela relevância do processo envolvendo o ex-juiz da Lava Jato e senador da República, o julgamento pode se estender e não se encerrar no mesmo dia em que começar caso algum dos desembargadores peça vista. O caso chama ainda mais atenção pois, se julgado culpado, Moro perde o mandato e novas eleições são convocadas no estado para a ocupação de sua vaga.

O TRE-PR é composto de sete desembargadores e o presidente só vota em caso de empate. Uma das cadeiras está vaga desde 21 de janeiro com o término do mandato do desembargador Thiago Paiva. Uma lista tríplice já foi preparada e assinada pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva escolha o novo integrante. 

Nesta quinta-feira (1º), o TSE analisa os nomes indicados pelo TRE e vota as sugestões antes de encaminhá-las ao presidente da República. Quem vem se despontando como favorito é o advogado José Rodrigo Sade.

Em depoimento ao TRE-PR, em dezembro do ano ado, Sergio Moro negou ter tido qualquer vantagem eleitoral ou provocado desequilíbrio eleitoral causado por sua pré-campanha ao cargo de presidente da República. Ele afirmou ainda que todos os gastos da campanha foram legais e declarados à Justiça Eleitoral.