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STF faz varredura com cães farejadores em plenário antes de julgamento de Bolsonaro
Inspeção durou cerca de 1 hora e contou com efetivo da Polícia Judicial e animais da Polícia do Senado
BRASÍLIA - O Supremo Tribunal Federal (STF) realizou na manhã desta terça-feira (25) uma varredura com policiais e cães farejadores no anexo II da Corte onde será realizada a sessão de julgamento das denúncias contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sete aliados por participação em um plano de golpe de Estado.
Na inspeção de segurança, três cães da Polícia Legislativa do Senado e oito policiais judiciais do STF supervisionaram as instalações da Primeira Turma, onde ocorrerão as sessões destas terça e quarta-feira (26).
De acordo com o secretário de Segurança do Supremo, Marcelo Schettini, foram realizadas varreduras visuais, táteis e farejadoras na captura de objetos que pudessem colocar em risco a segurança da sessão plenária de julgamento, Mesma varredura foi feita no térreo e nos espaços de circulação dos ministros.
Bolsonaro acompanha sessão
A sessão de julgamento do chamado “núcleo crucial” da suposta tentativa de golpe de Estado na Primeira Turma do Supremo começou às 9h48 com a presença de Jair Bolsonaro no plenário. Entre os advogados Celso Vilardi e Paulo Cunha Bueno, o ex-presidente se posicionou ao centro da primeira fila, bem de frente para o presidente do colegiado, ministro Cristiano Zanin.
Os cinco ministros da Primeira Turma decidirão se a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra os primeiros oito julgados é válida e se as provas demonstram sustentação do caso. Se for votado em sim, os acusados se tornam réus. Nesta semana será julgado o primeiro núcleo, apontado como a cabeça da suposta articulação golpista.
A primeira das três sessões em que será analisado o caso deve seguir até as 12h. O julgamento prossegue na parte da tarde, a partir das 14h com duração prevista de 4 horas. A terceira sessão ocorre na manhã seguinte (26), quando devem ser declarados os votos de todos os ministros.
Além de Bolsonaro, a colegiado composto pelo presidente Cristiano Zanin e os ministros Cármen Lúcia, Luiz Fux, Alexandre de Moraes e Flávio Dino vai julgar também as denúncias da PGR contra os seguintes aliados do ex-presidente, que integraram seu governo:
- Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, ex-comandante do Exército ;
- Almir Garnier, ex-comandante da Marinha ;
- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal;
- Augusto Heleno, ex-ministro e general do Exército;
- Walter Braga Netto, também general do Exército, ex-ministro da Defesa e candidato a vice na chapa de Bolsonaro nas eleições de 2022;
- Mauro Cid, tenente-coronel e ex-ajudante de ordens da Presidência da República ;
- Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor-geral da Abin e atual deputado federal.