O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), desceu a rampa do Palácio do Planalto, nesta quarta-feira (10), no mesmo dia em que o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) retirou as grades metálicas em frente ao edificio por determinação do mandatário.
Segundo Lula, a medida representa que o país está voltando ao normal. O chefe do Executivo federal defende que o Brasil não precisa estar cercado de grades. "É deixar livre. A democracia não exige muro, não precisa de muro”, enfatizou o mandatário brasileiro.
Lula ainda fez críticas às gestões anteriores do ex-presidente Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL).
"Se eu quisesse cercar o povo, não permitir que ele faça protesto, não tem sentido a democracia. Aquilo foi feito em um momento que o PT já não mandava mais no país, na gestão do Temer. Significa que, quem faz coisa errada tem medo, ficou durante toda a gestão do coisa [Jair Bolsonaro]".
O presidente da República ainda citou os atos criminosos do 8 de janeiro, quando ocorreram as invasões e depredações dos prédios dos Três Poderes, em Brasília (DF), incluindo o Palácio do Planalto.
“Não precisa de um muro. Se os irresponsáveis que tentaram dar o golpe [em referência ao ato do 8 de janeiro] quiserem fazer barulho eles serão tratados de acordo com o comportamento deles”, salientou Lula.
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), desceu a rampa do Palácio do Planalto, nesta quarta-feira (10), no mesmo dia em que o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) retirou as grades metálicas em frente ao edifício. 👇 pic.twitter.com/4BEG2oB9MN
— O Tempo (@otempo) May 10, 2023
As cercas também foram retiradas do Palácio do Itamaraty, sede do Ministério de Relações Exteriores. Durante a fala à imprensa, Lula também informou que as grades serão retiradas da frente da residência oficial da presidência da República, o Palácio da Alvorada, e da vice-presidência, o Palácio do Jaburu.
“Quis tirar da minha casa, vou tirar aquela muralha na frente do Alvorada. Eu vou tirar, depois a segurança veja como ela cuida para evitar qualquer problema, porque nunca teve. As pessoas iam à porta do Alvorada protestar (...) Eu também falei para o general Amaro [chefe do GSI] que é preciso tirar aquela muralha de frente a casa do Alckmin".
O entorno do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF) continuam com as grades.
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