O presidente Jair Bolsonaro disse, nesta segunda-feira (7), que vai se reunir, ainda na tarde de hoje, com representantes dos Ministérios da Economia e Minas e Energia, além da Petrobras, para discutir a política de preços dos combustíveis em meio à alta do barril do petróleo.

A guerra na Ucrânia vem provocando uma escalada no preço do barril Brent, referência internacional, que nesta madrugada chegou a bater US$ 139. O valor representa um aumento de mais de 30% desde o início da invasão russa. Isso pressiona os preços dos combustíveis no país.

Em entrevista à Rádio Folha de Roraima, no Palácio do Planalto, Bolsonaro afirmou que buscará uma alternativa.

“O preço altíssimo do petróleo é anormal, atípico. O governo federal, nós, juntamente com Economia agora à tarde, Ministério de Minas e Energia e própria Petrobras, vamos buscar alternativa. Porque se for rear isso tudo para o preço dos combustíveis, tem que dar aumento de 50%, não é issível", disse.

Segundo o presidente, a origem do problema está nas “leis feitas no ado”, relacionadas à paridade dos preços no Brasil com o mercado internacional, que para ele foram um erro.

"O que é tirado do petróleo leva-se em conta o preço fora do Brasil, isso não pode continuar acontecendo. Estamos vendo isso aí sem mexer, sem nenhum sobressalto no mercado", pontuou.

Ainda assim, na visão de Bolsonaro, o Brasil vive uma situação de privilégio em comparação a outros países do mundo.

“O mundo está ando por isso, mas nós temos alternativas. Perto da Europa, estamos em situação privilegiada. A população não aguenta alta nesse porcentual no Brasil".

Senado pressionado

O cenário internacional também pode influenciar as votações desta semana no Senado. Pela terceira vez, a Casa tentará votar dois projetos que têm como objetivo frear a alta dos preços. Senadores têm indicado que a subida no valor do barril de petróleo é um fator extra de pressão pela aprovação dos textos.

Estão na pauta a proposta que altera o cálculo do ICMS sobre os combustíveis, feito pelos governadores, e a que cria um fundo para ser aplicado em momentos de alta nos mercados internacionais. Ambas estão pautadas para quarta-feira (9).

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