BRASÍLIA - Apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) fazem, desde sábado (12), vigília em frente ao hospital DF Star, em Brasília, onde o ex-presidente está internado e ou por cirurgia de 12 horas no domingo (13). O grupo fixou uma bandeira do Brasil de tamanho grande no jardim do local, de frente para a fachada.
De acordo com o bispo Fernando Fé, um dos presentes no local, a permanência dos apoiadores é organizada pelo Movimento DF Feliz. Por volta das 11h desta segunda-feira (14), havia quatro pessoas no local. Ele disse que os militantes se revezam em frente ao hospital e fazem rodas de oração a cada três horas, entre 10h e meia-noite.
“Estamos aqui desde sábado. Vêm pessoas chegando, elas vão intercalando, de madrugada também. São pessoas de igrejas evangélicas, católicas, espíritas. Todo mundo na sua fé, independente de religião. De três em três horas nós estamos pedindo pela vida do ex-presidente Bolsonaro e também pelo Brasil”, disse o bispo.
Bolsonaro ou mal na sexta-feira (11) no Rio Grande do Norte e, no sábado à noite, chegou ao hospital em Brasília. No domingo, o ex-presidente ou por uma intervenção que durou 12 horas para liberar aderências intestinais e construir a parede abdominal.
Ele está consciente e conversando, mas em observação na UTI. O ex-presidente deve ficar internado pelos próximos 15 dias e levar entre dois e três meses para se recuperar. A expectativa é que ele não tenha restrições de saúde e que novas cirurgias não sejam necessárias.
Essa foi a sétima e mais longa cirurgia abdominal de Bolsonaro desde a facada que sofreu na campanha eleitoral de 2018, durante caminhada em Juiz de Fora (MG), na Zona da Mata mineira.
A equipe médica afirmou que a operação foi “extremamente complicada”, mas não teve complicações. Os médicos contaram que as duas primeiras horas de intervenção foram para o à cavidade abdominal de Bolsonaro. A retirada das aderências levou de quatro a cinco horas. Somente depois disso, a equipe ou para a etapa de reconstrução.
Segundo o médico Cláudio Birolini, chefe da equipe que operou o ex-presidente, Bolsonaro estava com o intestino “bastante sofrido, o que leva a crer que ele vinha com quadro de suboclusão há alguns meses”.
As aderências são formadas pelo processo de cicatrização de cirurgias. Podem ser entendidas como faixas de tecido que se formaram entre o intestino e outros órgãos, prejudicando a mobilidade.